O processo de avaliação da assistência ao pré-natal pode em muito contribuir para melhoria da assistência às gestantes subsidiando ferramentas que possibilitem a construção de estratégias que objetivem a diminuição dos índices de morbimortalidade materna e perinatal. O objetivo desta pesquisa foi analisar o perfil dos estudos brasileiros sobre a adequação da consulta pré-natal aos protocolos preconizados pelo Ministério da Saúde, durante o período de 2000 a 2014 em quatro periódicos: na base de dados do SCIELO, BVMS, BDTD e na RENE. Em um universo de 208 resumos consultados dos 04 periódicos supracitados, foram identificados apenas 10 da base de dados do SCIELO que traziam no título, palavras-chave, ou resumo a relação com o objetivo deste estudo. Os resultados mostraram que os procedimentos realizados em consultas de pré-natal tiveram altos índices de adequação, entretanto, outros parâmetros como a solicitação de exames não teve resultado favorável. Diante dos resultados, podemos considerar que os altos índices de adequação na realização de procedimentos de rotina na assistência ao pré-natal revela o compromisso dos profissionais que executam as ações; vale ressaltar ainda, que vários parâmetros quando avaliados de forma isolada foram classificados como adequados, entretanto quando analisado o conjunto das ações de assistência ao pré-natal, esse índice caiu a níveis insatisfatórios. Compreendendo os inúmeros desafios que permeiam o atendimento à saúde da mulher em seu ciclo gravídico puerperal, espera-se que essas informações sirvam de arcabouço teórico científico aos profissionais e gestores dos serviços de saúde para o desenvolvimento de ações que aumentem os índices de adequação da assistência pré-natal.