Introdução: o Brasil passa por uma transição demográfica, observando um aumento significativo de pessoas com mais de 60 anos de idade e consequentemente aumentando a taxa de internações nessa população. Um dos agravantes já detalhados é o trauma, que é um importante causa de morbidade e mortalidade nessa população. Além desse aumento, os idosos são acometidos por desfechos negativos e dentro da Unidade de Terapia Intensiva esses desfechos podem estar associados a procedimentos e complicações. Objetivos: analisar os fatores associados ao óbito em pacientes idosos hospitalizados em uma UTI por trauma. Metodologia: Coorte retrospectiva em uma UTI geral da região centro sul do Paraná entre janeiro de 2013 e dezembro de 2016, que acompanhou pacientes hospitalizados por trauma, que teve como critérios de inclusão: ser vítima de trauma e ser considerado como idosos (>60 anos). A coleta dos dados foi por meio da análise de prontuários. Foram selecionadas variáveis sociodemográficas, do trauma, do atendimento pré-hospitalar e da assistência na UTI. Foram construídas tabelas de frequência e proporção. Utilizou para comparação das variáveis numéricas entre dois grupos (óbito e alta) os testes qui-quadrado e t de Student. Resultados: A disfunção pulmonar (p=0,005), uso de nutrição enteral (p=0,027), drogas vasoativas (p=0,003) e ventilação mecânica (p<0,001) foram os procedimentos realizados na UTI e complicações associados ao óbito em idosos traumatizados. Conclusão: o óbito de idosos em UTI está associado a ações da assistência nesse setor e, portanto, é essencial conhecer essas associações e criar estratégias para prevenir os desfechos negativos.