O acompanhamento do pré-natal é indispensável a todas as gestantes. Aproximadamente 15% evoluem com risco materno-fetal modificando o processo fisiológico e com necessidade de assistência em saúde especializada, com acompanhamento da maternidade de alto risco além da Unidade Básica de Saúde . (BRASIL, 2012). O objetivo da pesquisa foi caracterizar as puérperas assistidas e assistência em maternidade de alto risco do município de Curitiba. Trata-se de estudo exploratório, descritivo, qualitativo com análise de Bardin, mediante entrevista semi-estruturada. O estudo foi aprovado pelo CEP 3.235.134. Foram entrevistadas 14 puérperas, 8 se declararam brancas e 6 como pardas; 6 possuem ensino médio incompleto, 5 ensino médio completo, 2 com superior incompleto e 1 com pós graduação. São do lar 4 puérperas e demais possuem ocupações assalariadas diversas. Majoritariamente 5 são solteiras, 4 casadas, 3 separadas e 2 em união estável. Quanto a paridade 2 eram primíparas, 7 secundíparas, 3 tercidíparas e 2 multíparas. Predominantemente realizaram 24 consultas pré-natal e somente 2 tiveram menos que 7. Sobre a via de parto 10 foram vaginal e 4 cesáreas, 8 utilizaram métodos não farmacológicos de alívio da dor e 6 foram submetidas a intervenção instrumental (4 amniotomias, 1 uso de fórceps, 1 curagem/curetagem). Todas tiveram acompanhante durante trabalho de parto e parto, 7 realizaram contato pele a pele e somente 4 amamentaram na primeira hora. Dos 14 recém-nascidos, 12 foram para alojamento conjunto e 2 para UTI neonatal. Pode-se concluir que a maioria possui baixa escolaridade, se autodeclaram brancas, solteiras, sendo a atividade principal o cuidado do lar, as assalariadas possuem atividades relacionadas a serviços de limpeza, cozinha e comércio. O número de consultas é 3 vezes maior que o recomendado pelo Ministério da Saúde, resultado da corresponsabilização do pré-natal. Foi garantido a todas o direito ao acompanhante e a maioria fez uso das medidas não farmacológicas de alívio da dor, exceto nos casos de inibição de parto prematuro, não havendo indicação neste cenário. O desfecho de parto via vaginal foi superior a cesariana, fruto dos incentivos de políticas públicas constantes, mesmo assim houve a presença de partos instrumentalizados. Por fim, é necessário viabilizar condições para aumentar o contato pele a pele e aleitamento materno na primeira hora de vida, garantindo as boas práticas do parto no serviço de alto risco.