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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
AGLOMERADOS DE RISCO ESPACIAL PARA OCORRÊNCIA DE CASOS E MORTES POR TUBERCULOSE NO ESTADO DO PARANÁ- BRASIL
Relatoria:
Marcos Augusto Moraes Arcoverde
Autores:
  • Ivaneliza Simionato de Assis
  • Thais Zamboni Berra
  • Reinaldo Antonio Silva-Sobrinho
  • Francisco Chiaravalloti Neto
  • Oscar Kenji Nihei
  • Ricardo Alexandre Arcência
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A tuberculose (TB) consiste ainda como um desafio, principalmente para países em desenvolvimento. No Brasil, embora o estado do Paraná, localizado ao Sul, tenha bons indicadores sociais (por exemplo: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – 0,76), persiste a dificuldade para o enfretamento da doença. Objetivo: Identificar áreas de risco para incidência, óbito por TB como causa básica e óbito por causa associada no estado do Paraná, Brasil. Método: Os dados foram coletados no Sistema de Informação de Notificação de Agravos, sistema de acesso público do Ministério da Saúde, referente ao período de 2010 a 2018. Foram coletadas informações referente às seguintes variáveis: casos novos, óbitos por causa básica e causa básica mais associada. Calculou-se o risco relativo (RR) para cada uma das variáveis e seus respectivos Intervalo de Confiança a 95%; o cálculo do RR foi padronizado por sexo e idade. Recorreu-se ao software SatScan versão 9.3 para realizar a análise estatística e ao software QGIS versão 3.4.4 para construção dos mapas de análise. Resultados: No período analisado, foram registrados 23.176 casos novos de TB (o que corresponde a incidência de 16,36 por 100.000 a cada ano), 875 óbitos por causa básica TB (taxa de mortalidade de 0,62 por 100.000/ano) e 2.311 óbitos por causa básica mais associada a TB (taxa de mortalidade de 1,63 por 100.000). Relacionado ao RR, foram identificadas 13 áreas de risco com RR variando de 1,13 a 3,28 (IC95% 1,07 – 3,51) para incidência de TB; observaram-se 3 cluster de risco para óbito por TB, com RR entre 2,69 a 2,02 (IC95% 1,57 – 3,37); e foram evidenciadas 4 áreas com RR entre 1,57 a 3,08 (IC95% 1,31 – 3,53) para óbitos por causa associada. As áreas de RR para óbito concentraram-se aos extremos com fronteira internacional, fronteira com outro estado brasileiro e em área portuária do estado do Paraná. Conclusão: Foram identificadas áreas de risco para mortes por TB até 3 vezes maior que a taxa de óbitos nacional. O SatsScan se mostrou uma importante ferramenta para gerenciar e evidenciar as áreas de risco para mortes por TB, a fim de planejar ações mais focalizadas em sub-regiões nacionais. Pelo fato de apontar cidades fronteiriças, para uma resposta mais adequada às áreas de risco identificadas, faz-se necessário ações mais abrangentes e complexas, que também envolva os países e estados do entorno.