Introdução:O feminicídio tem sido um problema social muito presente e rotineiro na mídia e em nosso dia a dia, ainda sim, existem mulheres que conseguem sobreviver as tentativas do mesmo. Essas mulheres são encaminhadas para uma unidade de saúde mais próxima, diante do estado grave e de alto risco de vida que elas se encontram. No atendimento, elas podem ser atendidas por profissionais de enfermagem de qualquer gênero, mulher ou homem, e o gênero pode influenciar de algumas formas nesse atendimento emergencial, baseada nas desigualdades de poder entre os gêneros, a questão do alto julgamento, quando seus interesses e pensamentos pessoais e ideológicos interferem na assistência a essa mulher, considerando o conhecimento crítico necessário para produzir esse cuidado e o poder que sua formação transfere, uma vez que na enfermagem existem subcategorias profissionais.Objetivos: descrever a relação de poder apresentadas pelos enfermeiros e enfermeiras diante do atendimento de mulheres vítimas de tentativa de feminicídio, e descrever como essa assistência é realizada, identificar influencia no atendimento em uma perspectiva de gênero e determinar o uso do poder na perspectiva de Foucault, considerando o SER, o DEVER e o DEVIR do enfermeiro. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, de natureza qualitativa e cunho descritivo, que teve como base de dados a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Os critérios de inclusão foram: Textos completos disponíveis, em língua portuguesa e recorte temporal de 10 anos (2010-2019). Foram excluídos materiais duplicados, em outros formatos e que não atendiam a temática. Emergiram 02 (dois) artigos com os critérios citados acima, visto que estes atendiam o objetivo da pesquisa. Resultados: Foram identificadas duas categorias temáticas: A Não preparação dos profissionais de enfermagem ao cuidado com a mulher vítima de tentativa de feminicídio; A importância do profissional enfermeiro na identificação de mulheres vítimas de tentativa de Feminicídio. Considerações finais: No desenvolvimento dessa pesquisa podemos analisar que existe a necessidade de uma preparação com o profissional enfermeiro na questão da relação de Poder ao atendimento dessas mulheres, e como esse despreparo pode desencadear uma cadeia de erros nessa assistência e podendo colocar a vida dessa vítima em risco.