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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
O PROFISSIONAL DE SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA FRENTE A MULHER QUE PRATICOU O ABORTO PROVOCADO
Relatoria:
Felícia da Silva Miranda
Autores:
  • Anna Paula Gonçalves de Oliveira
  • Camila Silva Jacinto
  • Vanessa Kathleen dos Reis Tavares
  • Patrick de Souza
  • Helaine Maria da Silva Oliveira
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A acessibilidade do usuário na Atenção Básica (AB), facilita a criação de vínculo entre o usuário e profissional de saúde. Ao lidar com a realidade da demanda da AB, diversos são os conteúdos presentes durante a consulta, incluindo tramas subjugadas pela moral, cultura popular e política, como o aborto. O aborto provocado é ainda um grande tabu e por vezes motivo de estranhamento, falta de acolhimento e humanização. Sabe-se que a liberdade sexual e reprodutiva é contextualizada como necessidade humana, podendo intensificar significativamente no processo de saúde. Visto isso, a educação em saúde na AB, torna-se de grande valia como estratégia para a diminuição dos riscos à saúde da mulher. OBJETIVO: Identificar estratégias de educação em saúde com mulheres que realizaram o aborto provocado. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica, de abordagem qualitativa e caráter exploratório. Realizou-se uma pesquisa na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) usando o boleador AND com os descritores: cuidado, atenção primária e aborto ilegal. Aplicou-se os filtros, artigo completo, no idioma português, nos últimos 10 anos. Sendo achados apenas dois artigos. RESULTADOS: A partir das leituras dos artigos selecionados foi identificada uma quebra na integralidade do cuidado e na educação em saúde reprodutiva e sexual da mulher, visualizado com a predominância moral acima da ética profissional durante os relatos, como também a imparcialidade, paralela a falta de acolhimento, culminando para um cuidado frágil, muitas vezes com baixo embasamento técnico - cientifico e orientação inadequada. CONCLUSÃO: A partir dos resultados obtidos, conclui-se que não foi possível identificar as estratégias de educação em saúde usadas pelos profissionais de saúde, frente a mulher que praticou o aborto provocado. A falta de embasamento teórico, causado pela escassez de pesquisas vinculadas a esse assunto, a falta de abordagem dessa temática pela educação permanente e a insuficiência da inserção da temática do aborto no processo de formação, juntamente com predominância da moral, transfiguram-se em entraves para o desenvolvimento de estratégias de cuidado, que possam envolver o acolhimento, a humanização e a integralidade da assistência. O que vem a ocasionar estatísticas notáveis em adoecimento e óbitos preveníveis. Salienta-se a importância do apoio e incentivo da abordagem dessa temática a fim de alcançar uma maior qualidade da assistência para essas mulheres.