Introdução. Acanthamoeba spp. são protozoários de vida livre que podem ser encontrados em uma grande variedade de ambientes e sob as mais diversas condições. Podem causar diversas doenças, e também, interage em endossimbiose com bactérias ou outros micro-organismos, atuando como reservatório desses micro-organismos. Devido à Acanthamoeba spp. estar presente na água tratada, ser resistente a desinfetantes, presente no ambiente hospitalar, lentes de contato e ser reservatório de micro-organismos. Objetivo. Pesquisar a Acanthamoeba spp. em alíquotas de uma amostra de água tratada em Foz do Iguaçu. Metodologia. A pesquisa foi realizada no laboratório de Enfermagem da Unioeste, Campus de Foz do Iguaçu. Coletou-se em um frasco estéril 1000 ml de água tratada, separando-se em alíquotas de 100 ml. Cada alíquota de 100 ml foi distribuída em 10 tubos cônicos, centrifugados a 2.500 rpm por 5 min. Retirou-se 9 ml do sobrenadante de cada tubo cônico. Juntou-se os 10 sedimentos em um tubo, centrifugando-se e retirando-se o sobrenadante novamente. Cada alíquota de 1 ml do sedimento foi semeado em 10 ml de caldo Mueller Hinton e incubadas em estufa a 28ºC por 48 horas e para o teste de viabilidade foi utilizado o azul de tripano. A leitura microscópica foi realizada em 100x e 400x, sendo o resultado expresso em: presença de cistos viáveis, presença de cistos inviáveis e ausência de cistos. Resultados. Observou-se em todas as alíquotas de água tratada a presença de cistos viáveis de Acantamoeba spp. e em algumas alíquotas também a presença de cistos inviáveis. Conclusão. Portanto, este estudo mostra a possibilidade de realizar a pesquisa de Acanthamoeba spp. utilizando-se um volume menor de água e aplicando-se a técnica de centrifugação nas amostras. Também a contínua exposição dos olhos ou a higienização inadequada de lentes de contato com água contaminada por este protozoário poderá ocasionar ceratite amebiana principalmente em pacientes com o sistema imunológico comprometido.