Infecções Sexualmente Transmissíveis são afecções que podem ser adquiridas e transmitidas através do contato sexual. Assim, faz-se necessário compreender a repercussão (conhecimento e fatores) dessas infecções na população, incluindo Pessoas com Deficiência Visual, a mais prevalente a nível mundial e nacional. Este estudo objetivou identificar o conhecimento, ocorrência e fatores de risco de Infecções Sexualmente Transmissíveis em Pessoas com Deficiência Visual. Pesquisa exploratória, descritiva, realizada com 22 Pessoas com Deficiência Visual de dois municípios do Ceará, entre outubro de 2017 a maio de 2018. Coleta realizada através de instrumento estruturado, após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer nº 2.788.769. Houve prevalência do sexo masculino (12), casados (8), aposentados/pensionistas (20) com renda familiar de um salário mínimo (12) nunca frequentaram escola (8), possuem baixa visão (12) de origem adquirida (19) e não souberam informar a causa da deficiência (18). Em relação ao acesso, esta clientela frequenta o serviço de saúde (22) com consultas periódicas (20), utiliza preferencialmente as Unidades de Atenção Primária da rede pública(15). Quanto aos dados sexuais e reprodutivos, iniciaram a vida sexual (20), desconhecem Infecções Sexualmente Transmissíveis pois: não sabe o conceito(13), desconhecem fatores de risco (13), sinais e sintomas (16), mas dizem que sabem como prevenir (13). Ainda, relataram não utilizar preservativo (12), nunca receberam orientações de profissionais de saúde sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (19) e, o que sabem foi adquirido na televisão (15). Conclui-se que por meio da identificação do conhecimento e fatores associados a Infecções Sexualmente Transmissíveis é possível traçar uma prevenção específica atrelada a realidade da clientela em estudo. Além de contribuir para definir novas ações, programas, sobretudo, na qualidade da assistência à saúde destas pessoas.