Introdução: Ao dar entrada em um serviço de saúde as mulheres em situação de aborto apresentam-se abaladas fisicamente e psicologicamente, necessitando de uma atenção singular e ampla por parte da equipe, o que deixa em evidencia a importância da atenção humanizada nos processos de aborto. O acolhimento e a orientação são elementos chaves para um atendimento de qualidade e humanizado. Objetivo: Identificar a percepção da assistência à saúde de mulheres que realizaram aborto ilegal em instituições hospitalares. Método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada a partir de pesquisas na base de dados “Biblioteca Virtual de Saúde (BVS)” durante o mês de julho de 2019. Para busca utilizou-se os descritores baseados nos “Descritores em Ciências da Saúde (DeCS)”: Humanização AND Maternidades AND Abortamento. Foram incluídos artigos em português e inglês e realizados com seres humanos. Resultados: Foram encontrados 10 estudos, que após aplicação de critérios e análise completa dos artigos, resultou-se em um total de 05 artigos compondo a análise final. Os estudos analisados apontam que as mulheres que praticaram o aborto provocado ilegalmente são descriminadas e julgadas ao dar entrada nos serviços de saúde, em muitos casos, pelos próprios profissionais da instituição, o que deixa pode gerar um sentimento de violência moral, emocional e institucional vivenciados durante a internação da mulher neste período. Conclusão: É importante destacar que não cabe aos profissionais de saúde realizar julgamentos nos processos abortivos legais ou ilegais, sendo que o cuidado humanizado deve ser realizado na integralidade, sem quaisquer preconceitos ou críticas. Desta forma, a prática acolhedora é de suma importância no que reflete a saúde mental e física da mulher.