Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
FATORES ASSOCIADOS À SÍNDROME DE BURNOUT EM ENFERMEIROS DE ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NO SUL DO BRASIL
Relatoria:
Daiane Raquel Kist
Autores:
- Lia Gonçalves Possuelo
- Ana Gabriela Sausen
- Vanessa Gabriela Heinen
- Suzane Beatriz Frantz Krug
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Síndrome de Burnout (SB) é um fenômeno relacionado ao estresse crônico no trabalho que não foi gerenciado de forma adequada. Manifesta-se por exaustão emocional (EE), descrita como sensação de cansaço, emocional e físico, a despersonalização (DE), identificada por cinismo e distanciamento afetivo, e a baixa realização profissional (BRP), caracterizada por sensação de ineficácia e insatisfação do trabalho. O papel do enfermeiro na Estratégia Saúde da família (ESF) se considera complexo já que envolve a continuidade do cuidado da população adscrita, gerenciamento das atividades da equipe e do serviço e trabalho em áreas com populações vulneráveis. OBJETIVO: Identificar os fatores sociodemográficos e ocupacionais associados à SB em enfermeiros de ESFs. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, exploratório, incluindo todos enfermeiros de Estratégia Saúde da Família dos 13 municípios da 28ª Região de Saúde do Rio Grande do sul. Os responderam um questionário online com aspectos sociodemográficos e ocupacionais e o Maslach Burnout Inventory – Human Services Survey para mensurar o desfecho de SB. Dos 57 enfermeiros da região, 47 responderam o instrumento. A análise dos dados foi realizada no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 23.0, a partir da estatística descritiva, com frequências absolutas e relativas e médias aritméticas. Para testar a associação entre as variáveis categóricas foi realizado o teste de Qui-quadrado, considerando significativo o valor de p<=0,05. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNISC pelo parecer nº 2.510.192/2018. RESULTADOS: A maioria são mulheres, jovens, com média de idade de 34,9 (±6,8) anos, com companheiro e sem filhos. A prevalência de SB nos fatores sociodemográficos avaliados foi 54,8% do sexo feminino e 80,0% do sexo masculino, 64,1% com idade <= 40 anos, 57,5% sem companheiro e 57,7% não haviam filhos. Os fatores ocupacionais associados à SB foram o interesse em trocar de profissão (p=0,014) e localização da ESF na zona urbana (p=0,013). CONCLUSÃO: Os enfermeiros que possuem interesse em trocar de profissão, assim como aqueles que trabalhavam na zona urbana apresentaram associação com a SB. Considera-se que o reconhecimento destes fatores possam subsidiar reflexões e transformações acerca da SB através de estratégias que minimizem o estresse recorrente do trabalho do enfermeiro em ESF.