Introdução: As doenças diarreicas agudas são responsáveis por causar altos índices de morbimortalidade no cenário nacional e no mundo (OLIVEIRA, 2017). As políticas públicas possuem como uma de suas prioridades a atenção integral à saúde da criança, devido a esta população apresentar vulnerabilidade a agravos (RETRÃO, 2014). Objetivo: Caracterizar o perfil sociodemográfico e as condutas maternas frente ao manejo da diarreia infantil. Método: Estudo quantitativo, realizado em Unidades de Atenção Primária à Saúde nos meses de fevereiro a maio de 2019. O público alvo foram mães de crianças, sendo utilizado como critério de inclusão: mães que possuíam pelo menos um filho(a) com idade inferior a 5 anos. Critério de exclusão: mães que apresentavam restrições que as impossibilitassem de compreender os instrumentos utilizados. A coleta de dados ocorreu por meio de uma entrevista utilizando um instrumento que abordava variáveis sociodemográficas, sobre diarreia infantil e o manejo deste agravo. Os dados foram tabulados no programa Microsoft Excel 2013 e analisados no programa EpiInfo. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, parecer nº 3.111.549. Resultados: Participaram do estudo 98 mães. A amostra apresentou idade entre 16 e 45 anos, sendo a faixa de 26 a 35 anos (N=43; 43,56%) a predominante. Prevaleceram as mães casadas (N=36; 36,73%) e donas do lar (N=55; 56,70%). Além disso, 79,6% (N=78) das famílias sobreviviam com renda igual ou inferior a um salário mínimo. Constatou-se que 73,47% (N=72) das crianças tiveram algum episódio diarreico, sendo a febre (N=40; 43,01%) o principal sintoma apresentado pelas crianças; ainda, 55,10% (N=54) das mães procurou um serviço de saúde durante os episódios diarreicos. Em relação ao manejo e tratamento da diarreia infantil, 45,83% (N=33) das mães fez uso de receitas caseiras, enquanto 37,75% (N=37) utilizaram soro de reidratação oral e 46,67% (N=42) referiram buscar melhorar a alimentação e hidratação de seus filhos durante os episódios diarreicos. Conclusão: Nota-se que as mães fizeram uso de medidas caseiras, buscaram atendimento em serviços de saúde e procuraram melhorar a alimentação e hidratação quando seus filhos estavam com diarreia. Assim, as mães como uma das principais responsáveis pela tomada de decisão em relação às condutas realizadas no manejo deste agravo, devem ser alvo de orientações em prol da promoção da saúde das crianças.