O SUS brasileiro é um sistema nacional e de caráter universal como base na concepção de saúde como direito de cidadania. No Brasil, os termos Atenção Primária de Saúde (APS) e Atenção Básica (AB), são utilizados como equivalente, sendo associados às noções de vinculação e responsabilização, acessibilidade, atenção abrangente e integral, resolutividade e protagonismo na gestão do cuidado. Com a necessidade de procurar respostas para o trabalho, busquei formação no Mestrado Profissional. O acolhimento é uma diretriz da Política Nacional de Humanização. Objetivou analisar o acolhimento realizado por um grupo de enfermeiros por meio da Sistematização da Assistência da Enfermagem na Atenção Primária de um município do interior Paulista. Estudo descritivo exploratório de abordagem qualitativa com a técnica de grupo focal e realizado em um município do interior do paulista. Trabalhamos com identificação perfil e questões trabalhadas relacionadas ao acolhimento e a demanda espontânea. Identificamos 57% do gênero feminino, a idade predominante foi de 30 a 40 anos (43%) revelando que a construção da atenção básica no município se configura como “jovem” em sua maioria, partindo do pressuposto que não tiveram experiência com a implantação do SUS na década de 90 como ocorreu em muitos municípios. Consideramos que 57% tem menos de cinco anos de conclusão da graduação, e registramos que 72% tem menos de cinco anos de atuação na Atenção Básica com Estratégia da Saúde da Família. Encontramos a maior parte dos integrantes, 71% com titulação de especialista e encontramos 100% com vínculos estáveis, sendo que 86% referiram ser concursados pela Consolidação das leis trabalhistas e 14% declararam ser estatutários. Os depoimentos evidenciaram unidades temáticas como Construção Coletiva; Relações equipes, trabalhador e usuário e Modelo Assistencial e Sistematização e a implantação de um protocolo que pudesse responder as diferentes necessidades locais para contemplar uma nova organização nos serviços com apoio da Educação Permanente. Consideramos que para promover acolhimento e sistematização da assistência de enfermagem na perspectiva da atenção primária é necessário reconhecer a singularidade dos atores sociais bem como promover sua autonomia. Legitimamos a importância de induzir processos de implantação, implementação e avaliação quando o sentido do trabalho existe pelos saberes construídos pela equipe, e usuários da saúde.