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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
PRODUÇÃO DO CUIDADO DE ENFERMAGEM NAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PÚBLICO
Relatoria:
Patrick Schneider
Autores:
  • Mariana Sbeghen Menegatti
  • Lorena Maria de Moura Carvalho
  • Patricia Aroni
  • Larissa Gutierrez de Carvalho Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A avaliação da produção do cuidado de enfermagem ainda apresenta inúmeras fragilidades, considerando que o produto gerado pelo trabalho da equipe é consumido no ato de sua produção, além de ser condicionada a variáveis e contextos estruturais e organizacionais. As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) apresentam grande demanda de produção do cuidado, visto que representam um dos mais complexos serviços ofertados por instituições hospitalares, sendo neste contexto, fundamental avaliar a produção do cuidado nestes setores. Objetivos: Avaliar a produção do cuidado de enfermagem nas unidades de terapia intensiva de um Hospital Universitário Público. Métodos: Estudo transversal quantitativo. Desenvolvido em UTI adulto e pediátrica de hospital universitário público do norte do Paraná. Para avaliação da produção do cuidado utilizou-se a escala APROCENF, que foi desenvolvida para avaliar a gestão do cuidado a partir dos métodos de organização do trabalho e as relações entre fatores estruturais que contribuem para a entrega do cuidado de enfermagem. Para isso, 21 enfermeiros realizaram avaliação da produção do cuidado no período de dezembro de 2018 e janeiro de 2019. Para análise de dados, utilizou-se estatística descritiva, teste de comparação, correlação e associação. Aprovação do comitê de ética em pesquisa mediante CAEE número 99545218.6.0000.5231. Resultados: Foram realizadas 79 avaliações da produção do cuidado de enfermagem. Predominou o sexo feminino, com idade média de 38,71 anos. A produção do cuidado foi classificada como boa nas UTIs infantil e ótima nas infantis. O teste qui-quadrado não mostrou relevância na associação entre o escore geral e a caracterização sociodemográfica. Os itens de maior impacto negativo foram “recursos necessários para prestar assistência” e “acompanhamento e transferência do cuidado” (p= 0,05). Houve variação entre as unidades adulto e infantil nos itens “interação e atuação multiprofissional” e “atenção ao paciente e/ou familiar”. A análise item-total evidenciou ainda forte correlação para os itens “planejamento da assistência de enfermagem”, “dimensionamento de pessoal de enfermagem” e “ações educativas e desenvolvimento profissional”. Conclusão: A pesquisa desmistifica a unilateralidade da responsabilidade pela produção de cuidados eficazes e efetivos, uma vez que a utilização do instrumento considera a complexidade do cuidado de enfermagem e sua relação com os macroprocessos gerenciais.