Introdução: a doença renal crônica é uma disfunção dos rins que pode gerar diversas complicações clínicas para as pessoas afetadas. Considerando as possibilidades terapêuticas, tem-se o tratamento hemodialítico que afeta drasticamente a rotina do indivíduo, posto que as sessões terapêuticas duram quatro horas e são realizadas três vezes na semana. Ao consideramos a rotina diária, o trabalho é uma das áreas que também estará afetada, visto a baixa flexibilidade na carga horária do trabalhador. Ademais, a importância da atividade laboral é vasta, tendo diversos significados pessoais construídos a partir de vivências e relações sociais. Neste sentido surge o interesse em responder a seguinte questão norteadora: quais as dificuldades na inserção e manutenção das atividades laborais das pessoas que realizam hemodiálise. Objetivo: Analisar as dificuldades de inserção e manutenção da vida laboral das pessoas afetadas pela doença renal crônica que realizam hemodiálise. Metodologia: para alcançar o objetivo proposto e responder a questão norteadora, optou-se por uma abordagem qualitativa, do tipo revisão bibliográfica, descritiva, utilizando trabalhos publicados de 2003 a 2017, com os seguintes critérios de inclusão: ter aproximação com a temática, publicados na íntegra e estarem em português. Resultados: Após a associação dos descritores, leitura completa e fichamento, foram selecionados 16 artigos e pode-se verificar que as pessoas que estão em tratamento hemodialítico possuem dificuldades de inserir-se no mercado de trabalho por conta do tratamento e devido aos seus efeitos colaterais. Além disso, o tempo necessário por semana para a hemodiálise implicará na dificuldade de conciliação do trabalho. Conclusão: diante desse cenário é necessário políticas públicas eficazes com vistas a proteção, acompanhamento, tratamento, educação e assistência digna ao ser, que enquanto entidade de múltiplas possibilidades é de impossível divisibilidade e necessita se sentir inserido na sociedade através do seu trabalho.