Introdução: a internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de uma vítima traumatizada pode reduzir a mortalidade e incapacidades desses pacientes e o cuidado prestado por toda a equipe evita fatores desencadeadores de eventos adversos. Porém, o tempo em que esses pacientes precisam permanecer na UTI acaba sendo maior, pois os traumas acabam exigindo maiores cuidados, além da existência de outros fatores secundários ao trauma, como a própria extensão da lesão e seu acometimento, as infecções, histórico do paciente e patologias atuais, podem levar a um período maior de permanência na UTI. Objetivo: Analisar os fatores contribuintes que causam aumento no tempo de permanência de vítimas de lesões traumáticas em UTI. Método Trata-se de um estudo com delineamento transversal documental, com abordagem quantitativa, em uma UTI geral de município do interior do Paraná, entre 2013 a 2016. A população deste estudo foi composta por todas as vítimas de trauma internadas em uma UTI de um hospital terciário da região central do Paraná. A coleta foi realizada em sala disponibilizada pela instituição em dia e horário devidamente programado. A busca das informações foi realizada no prontuário eletrônico e de maneira complementar no prontuário físico, solicitado e disponibilizado pelo Serviço de Arquivo Médico (SAME). Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial por meio de regressão múltipla logística. Resultados: Em nosso estudo foi possível identificar que a pneumonia (OR=4,56; p<0,001), a febre (OR=2,76; p=0,016), a insuficiência pulmonar (OR=2,14; p=0,010) e a gravidade do trauma (OR=1,03; p=0,025) foram fatores associados ao tempo de permanência maior na UTI. Conclusão: os fatores associados ao tempo maior de permanência em pacientes traumatizados hospitalizados na UTI são características relacionadas à assistência nesse setor e relacionam-se diretamente à assistência da equipe de enfermagem. Avaliar e observar os sinais e sintomas que o paciente apresenta é uma ação realizada principalmente pelo enfermeiro, pois através do seu conhecimento técnico científico pode obter resultados do quadro clínico importantes para planejar ações e dar continuidade ao tratamento, evitando incidência dessas complicações, e reabilitando o paciente.