Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
Risco espacial e espaço-temporal para ocorrência da hanseníase em município de tríplice fronteira
Relatoria:
Ivaneliza Simionato de Assis
Autores:
- Antônio Carlos Vieira Ramos
- Marcos Augusto Moraes Arcoverde
- Thaís Zamboni Berra
- Juliane de Almeida Crispim
- Reinaldo Antônio Silva-Sobrinho
- Ricardo Alexandre Arcêncio
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, causada pelo agente etiológico Mycobacterium leprae. Considerada ainda como um problema para a saúde pública e um desafio para os países endêmicos, principalmente em regiões de fronteira devido ao intenso fluxo migratório. O presente estudo teve como objetivo identificar as áreas de risco para a ocorrência da hanseníase em Foz do Iguaçu-PR. Trata-se de um estudo ecológico que considerou os casos novos de hanseníase notificados no município através do SINAN no período entre 2003 a 2015, utilizando como unidade de análise os setores censitários urbanos. Inicialmente realizou-se o georreferenciamento dos casos novos de hanseníase por meio do software TerraView versão 4.2.2. Para a identificação das áreas de risco para a ocorrência da hanseníase recorreu-se a Estatística de Varredura Espacial e Espaço-temporal, através do software SatScan 9.5. Os mapas temáticos foram elaborados por meio do software ArcGis 10.5. Foram notificados no município de Foz do Iguaçu-PR, 840 casos novos de hanseníase no período de 2003 a 2015. Identificou-se dois clusters de risco espacial para a ocorrência da doença, sendo um no Distrito Sanitário Sul (RR=1,73; IC95%=1,4-2,07; p=0,001) e outro no Distrito Sanitário Leste (RR=2,39; IC95%=1,69-3,34; p=0,031). Detectou-se um cluster de risco espaço-temporal no Distrito Sanitário Leste no período de 2003 a 2007 (RR=3,13; IC95%=2,42-4,05; p=0,001). Os resultados do estudo apontam áreas de risco para a ocorrência da hanseníase em regiões caracterizadas por alta densidade populacional, pobreza e fluxo migratório entre Brasil e Argentina. Os achados do estudo indicam áreas de risco para ocorrência da hanseníase e podem contribuir para nortear as ações em saúde que auxiliem no combate e controle da hanseníase nesta região de fronteira.