Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS MÃES DE CASOS CONFIRMADOS DE SÍFILIS CONGÊNITA (2007 – 2017)
Relatoria:
Ana Caroline Carvalho
Autores:
- Manoela de Carvalho
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Dados da Organização Panamericana da Saúde (OPAS) estimam que, por ano, na América Latina 300.000 gestantes soropositivas para sífilis não recebam tratamento adequado para sífilis no pré-natal, e que dois terços de sífilis em gestantes resultam em sífilis congênita. Esta realidade acarreta diversos desfechos negativos como: perdas gestacionais, óbitos neonatais, prematuridade ou recém nascidos infectados (DOMINGUES, LEAL; 2016). Objetivo: Levantar o perfil epidemiológico das mães dos casos confirmados de sífilis congênita em municípios paranaenses de fronteira (2007 – 2017). Método: Estudo descritivo realizado por meio de coleta de dados secundários no Departamento de Informática do SUS (DATASUS), de 2007 a 2017, referentes aos casos confirmados de sífilis em gestantes e sífilis congênita, classificação clínica, idade, escolaridade, realização do pré-natal e período de diagnóstico em municípios de fronteira do Paraná – Brasil. Resultados: Nos 12 municípios analisados foram notificados 439 casos confirmados de sífilis em gestantes e 142 casos confirmados de sífilis congênita entre os anos de 2007 e 2017. Da classificação clínica 33,25% das gestantes estava na fase primária , porém, 43,28% dos dados estavam em branco ou ignorados. Os casos confirmados de sífilis congênita aumentaram 2.600% entre 2007 (N=2) e 2017 (N=52). As gestantes dos casos notificados de sífilis congênita eram em maioria de etnia branca (84,50%) ou parda (6,33%). Cerca de 83% das gestantes dos casos de sífilis congênita realizaram o pré – natal, porém apenas 26% realizou o tratamento do parceiro. A faixa etária com maior incidência de casos de sífilis na gestação é a de 20 – 39 anos (71,29%) seguida de 15 -19 anos (25,05%). A maior incidência de casos de sífilis congênita (23,23%) se deu em mulheres de 5ª a 8º série incompletas. O período de diagnóstico da sífilis congênita ocorreu no pré – natal (70,42%), momento do parto (15,49%) e após o parto (9,15%). Conclusão: O perfil epidemiológico das mães de casos confirmados de sífilis congênita consiste em mulheres na faixa entre 20 e 39 anos, de etnia branca, com baixa escolaridade que em sua maioria realizaram o pré – natal, mas não realizou o tratamento do parceiro. Observou – se muitos dados em brancos ou ignorados que dificultam o estabelecimento do real cenário. Mostra-se necessário o investimento em políticas de saúde dentro da atenção básica para combater este importante problema de saúde pública.