O paciente politraumatizado consiste no indivíduo possivelmente grave que possui múltiplos traumas. O trauma é definido como lesão originada por um agente mecânico ou físico, provocado acidentalmente ou intencionalmente, de extensões e intensidades diversificadas, os quais ocasionam distúrbios sistêmicos sequenciais, que possivelmente podem levar a disfunções de sistemas vitais, mesmo aqueles não afetados diretamente pelo trauma. Estudos apontam o trauma como relevante problema de saúde pública em diversos países, sendo considerado importante causa de morbidade e mortalidade, principalmente na população jovem adulta. Devido à sua relevância e gravidade, o politraumatizado requer uma assistência imediata, eficiente e capacitada, sendo caracterizada como uma assistência especializada. Compete ao enfermeiro a liderança da equipe na assistência ao politraumatizado, assim como a composição do ambiente, entre outras atuações. Este estudo teve como objetivo descrever as percepções vivenciadas por residentes de Enfermagem em Urgência e Emergência, em relação ao papel do enfermeiro na assistência diária ao paciente politraumatizado, em um Hospital Terciário. Trata-se de um relato de experiência em situações envolvendo politraumas, em um Hospital Universitário no Norte do Paraná. Observou-se então, nas vivências, que o papel do enfermeiro na assistência ao politraumatizado é indispensável, considerando suas diversas atuações no atendimento. Verificou-se através das experiências que o enfermeiro sempre é o responsável pela coordenação geral, pelo local de recepção do paciente, preparo e posicionamento da vítima no leito, disposição de materiais e equipamentos necessários, que devem estar disponíveis e testados antes da chegada do paciente. Assim como o preparo e administração de medicamentos, organização da equipe, distribuição de funções, encaminhamento a exames de imagens, e na elaboração de registros no prontuário. Desta forma torna-se indispensável que o enfermeiro possua conhecimentos técnico-científicos, sempre buscando seu progresso, se atualizando, atuando de forma imediata, humanizada, responsável e científica, visando um atendimento integral e habilitado, aumentando assim as chances de sobrevida e redução de possíveis complicações no paciente politraumatizado.