LogoCofen
Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
TRÁFICO DE HUMANOS COMO FOCO DE ATENÇÃO DA SAÚDE
Relatoria:
CECÍLIA DANIELLE BEZERRA OLIVEIRA
Autores:
  • Yasmin Yannah Bezerra Azevêdo
  • Mágna Leite Pereira
  • Jéssika Lopes Figueiredo Pereira Batista
  • Tiago Almeida de Oliveira
  • Inacia Sátiro Xavier
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O tráfico de pessoas representa uma violação aos direitos humanos e se apresenta como um problema de proporções epidêmicas em todos os continentes. Comumente tratado como um problema relacionado à segurança publica, o tráfico de pessoas deve ser compreendido como um problema intersetorial onde profissionais de saúde devem ser capacitados para prevenir, identificar e intervir diante de casos suspeitos. Objetivo: Identificar o perfil das vítimas de tráfico humano do Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, descritivo com abordagem quantitativa. Desenvolvido através do Relatório Global sobre Tráfico de Pessoas - Perfil de País América do Sul 2018. Resultados: O trafico de humanos é utilizado para os mais diversos fins de exploração e representa um problema de proporções alarmantes. Só no período de janeiro de 2015 a junho de 2017 identificou-se que no Brasil 2.415 pessoas foram vitimas de tráfico. O ano de 2015 registrou a maioria dos casos: foram 1.228 (50,9%) registros. Em 2016 foram notificados 1.054 (43,6%) casos e no primeiro semestre de 2017 foram notificados 133 (5,5%). Destaca-se que adultos de ambos os sexos representaram a maioria 2.040 (84,5%) dos casos. Dentre as finalidades do tráfico de pessoas, a exploração sexual se destaca por atingir, prioritariamente, mulheres e meninas. Em 2014, 44 pessoas foram vitimas de tráfico para exploração sexual, sendo 26 mulheres e 18 meninas; em 2015, foram notificadas 101 vítimas, 51 mulheres e 50 meninas e em 2016, identificou-se 75 vítimas, 33 mulheres e 42 meninas. O trafico para exploração sexual demonstrou não fazer distinção com relação a vitima ser criança ou adulta, os dados apontam quantitativos idênticos entre vítimas mulheres e meninas com 110 (50%) casos para ambos. Estudos relatam que o tráfico não faz acepção de pessoa e se aproveita de pontos de fraqueza social através de problemas socioeconômicos visíveis. Conclusão: O panorama do tráfico de pessoas revela uma realidade muito dura, onde indivíduos de ambos os sexos e idades variadas tem sua liberdade roubada. Logo, se trata de um perfil difícil a ser traçado exigindo que o profissional de saúde possua uma compreensão completa do problema e que esteja preparado para melhor identificar, intervir e prevenir o tráfico de pessoas.