Introdução: O câncer é considerado um problema de saúde pública em todo o mundo e a enfermagem oncológica é uma especialidade que demanda alta complexidade assistencial durante todo o processo terapêutico desses pacientes (BRASIL, 2008). E, por meio dos diagnósticos de enfermagem é possível evidenciar a relação do tipo de câncer com os fatores relacionados ou de risco e as características definidoras que apontam problemas vivenciados pelos pacientes. Objetivo: descrever a prevalência dos diagnósticos de enfermagem presentes em pacientes com neoplasia gastrointestinal. Metodologia: trata-se de um estudo transversal de cunho quantitativo realizado na Unidade de Oncologia de um hospital do Extremo Oeste Catarinense, nos meses de janeiro a abril de 2018, com seleção por conveniência de prontuários de pacientes com neoplasia gastrointestinal, obedecendo aos critérios de inclusão pré-determinados. Resultados: Foram analisados 205 prontuários, destes 23 apresentavam registro dos diagnósticos de enfermagem. Houve predomínio de pacientes do sexo masculino 60,9% na faixa etária de 60 anos ou mais. Quanto a raça predominou a branca. Em relação ao histórico familiar de câncer e grau de parentesco 73,7% apresentavam algum câncer. As neoplasias prevalentes foram as de reto, cólon e estômago. Do total de 30 diagnósticos NANDA-I presentes, destacam o domínio de Segurança/Proteção de maior frequência e os diagnósticos prevalentes consistiram em: Risco de Infecção em 15% dos pacientes; Nutrição desequilibrada menos que as necessidades corporais presentes em 14%; Risco de Integridade da pele prejudicada em 11%. Conclusão: a prevalência de diagnósticos de enfermagem assevera uma contribuição positiva para a prática do enfermeiro na assistência, facilitando o planejamento das ações de enfermagem prioritárias para uma determinada população. O estudo também revelou a incipiência de pesquisas relacionadas ao tema proposto em interface com o paciente com neoplasia gastrointestinal.