INTRODUÇÃO: Através das lutas dos movimentos feministas em 1984, foi criado o Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher, incorporando as questões de gênero, além de ações educativas preventivas, englobando a assistência ginecológica, pré-natal, parto e puerpério, planejamento familiar; e infecções sexualmente transmissíveis. Neste sentido, a atenção ao planejamento familiar inclui não apenas a oferta de métodos e técnicas para a concepção e a anticoncepção, mas também informações dos direitos sexuais e reprodutivos. OBJETIVO: Descrever a experiência vivenciada por estudantes de enfermagem da atividade educativa realizada em uma Unidade de Saúde da Família de Salvador. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, de natureza qualitativa. As atividades educativas foram realizadas na sala de espera de uma Unidade de Saúde Família (USF), com mulheres e homens que estavam aguardando por atendimentos, abordando e discutindo sobre os métodos contraceptivos disponíveis no Sistema Único de Saúde, exibindo-os de forma ilustrativa. RESULTADOS: Através da exposição do quadro contendo os tipos de métodos contraceptivos e perguntas feitas, como: “Para você, o que significa métodos contraceptivos?”; “Quais os métodos contraceptivos que você conhece?” “Você faz uso de algum desses métodos?”, percebeu-se que o conhecimento e uso dos métodos contraceptivos se restringiam ao preservativo masculino e ao contraceptivo hormonal oral e injetável. As mulheres apresentaram maior preocupação em relação à contracepção, visto que no corpo feminino pode apresentar os resultados imediatos de uma relação sexual desprotegida, como uma gravidez indesejada, por exemplo. Houve resistência por parte dos homens em compartilhar aspectos sobre a contracepção, demonstrando que as questões de gênero também exercem influência para o uso dos métodos. Alguns mitos em relação à temática foram desconstruídos e dúvidas foram sanadas em detrimento a forma correta de utilização. CONCLUSÃO: A adoção de práticas contraceptivas decorre do conhecimento dos métodos disponíveis, das formas de funcionamento, atrelado também aos fatores econômicos, culturais e biológicos. Identificar a importância dos métodos contraceptivos pode significar uma reflexão crítica em relação a vida sexual e ao corpo. É verificado que a educação em saúde constitui-se como ferramenta essencial para a autonomia dos sujeitos e para que estratégias sejam alcançadas e efetivas no cuidado em saúde.