Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
RACISMO E O CUIDADO A SAÚDE DE ADULTOS COM A DOENÇA FALCIFORME: REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA
Relatoria:
karolyne sebastiane da silva
Autores:
- Rosa Lúcia Rocha Ribeiro
- Solange Pires Salomé de Souza
- Letícia Maria Almeida Teixeira
- Taimy Castrillon da Costa Faria
- Juliana Aparecida Peixoto Nishiyama
- Fabíola da Cruz Teles
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A organização mundial da saúde reitera que a DF é um problema de saúde público, sendo então prioritária, pois causa desigualdades de acesso aos serviços de saúde, para todos usuários do mundo. Em especial, no Brasil a DF acomete a maioria da população de pretos e pardos. Por atingir majoritariamente essa população, a doença está incluída em ações da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da População Negra. O governo federal por meio do documento da Se¬cretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Ra¬cial, traz que o racismo é reconhecidamente um determinante social de saúde que causa inequidades e prejuízos na atenção e cuidado a saúde de quem o sofre. Tem como objetivos identificar as evidências disponíveis na literatura sobre as implicações do racismo institucional no cuidado a saúde de adultos com a doença falciforme. Trata se de uma Revisão integrativa no portal de período da BVS e nas bases de dados da LILACS, MEDLINE, BDENF. Os estudos incluídos foram dos últimos dez anos, em inglês, espanhol e português. Para a coleta das informações necessárias utilizou se instrumento elaborado pelos pesquisadores. Os resultados geararam13 artigos que se enquadravam nos critérios de inclusão e exclusão, a maioria dos estudos encontrados apontam que as questões raciais e socioeconômicas interferem significativamente na qualidade e no acesso aos serviços de saúde prestados às pessoas que têm a DF e que vivenciam essa condição crônica. Os resultados apontam que as questões raciais e socioeconômicas, interferem significativamente na qualidade e no acesso aos serviços de saúde prestados às pessoas que têm a doença, e que vivenciam essa condição crônica. A maioria dos pacientes e seus familiares, são negros, enquanto que os funcionários da área da saúde, principalmente os médicos são brancos, tendo dificuldade em identificar quais as doenças de maior prevalência na população negra. O racismo atinge o cidadão de maneira tão cruel e insensível, sem levar em consideração que o paciente que procura o atendimento de saúde já está sensibilizado pelos sintomas do adoecimento, e ao se deparar com o tratamento diferenciado dos demais usuários, isso pode potencializar a dor e os sintomas já pré-existentes, além de ser uma prática desumana e cruel com quem está à procura de alento e cuidados prestados pelos profissionais de saúde.