INTRODUÇÃO: Sepse é a principal causa de morte em unidades de terapia intensiva (UTI’s) não cardiológicas, com elevadas taxas de letalidade. As infecções mais comumente associadas a sua ocorrência são a pneumonia, a infecção intra-abdominal e a infecção urinaria. A Pneumonia estafilocócica constitui apenas 1-10% de todos os casos de pneumonias adquiridas na comunidade, porém apresenta uma elevada taxa de morbimortalidade, de 30% a 40%. OBJETIVO: relatar, por meio de um caso clínico, a importância do diagnostico e tratamento precoce, nos casos de pneumonia estafilocócica e a atuação do enfermeiro. METODOLOGIA: Estudo descritivo, tipo relato de caso de uma paciente com quadro clínico de pneumonia adquirida na comunidade, apresentando sinais e sintomas de descompensação rápida e exames comprovando a etiologia por Staphylococcus aureus oxicicilina resistente (MRSA). RESULTADOS: Paciente atendida em Unidade de Pronto Socorro com quadro de pneumonia, exame radiográfico e tomográfico apresentando derrame pleural bilateral, submetido à drenagem de tórax e encaminhado para unidade de terapia semi-intensiva com insuficiência respiratória grave, sendo intubada e mantida em ventilação mecânica, colhido material broncoalveolar e enviado para cultura que confirmou o crescimento de MSRA. O uso de antimicrobianos específicos na primeira hora, logo apos o diagnóstico, contribui para a sobrevivência do paciente. A condução dos casos de sepse (independentemente de sua gravidade) passa necessariamente por uma fase inicial de reposição volêmica. O uso de antimicrobianos específicos na primeira hora, logo apos o diagnostico, contribuiria para a sobrevivência do paciente. Nas situações em que a reposição volêmica não surte o efeito desejado, devem ser empregados vasopressores. O enfermeiro tem um papel relevante na contribuição do diagnostico medico e tratamento do paciente séptico, devido ao fato de permanecer, a maior parte do tempo, a beira do leito, identificando e atuando frente as necessidades humanas básicas afetadas e contribuindo com a equipe multiprofissional na instituição de tratamentos e cuidados pertinentes. CONCLUSÃO: É fundamental agir rapidamente diante da suspeição de etiologias mais raras e diante de características clinicas associadas a critérios de gravidade. O enfermeiro pode se tornar um multiplicador de conhecimentos para a equipe multiprofissional e contribuir para a implementação de protocolos e condutas.