Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
Dez anos de epidemiologia da sífilis adquirida no Distrito Federal
Relatoria:
Bárbara Cristina Santos Rocha
Autores:
- Simone Luzia Fidellis
- Sâmia Letícia Moraes de Sá
- Leidijany Costa Paz
- Alessandra Lacerda Vanderlei
- Luciene Corado
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A sífilis encontra-se em ascensão epidemiológica no Brasil e no mundo. É uma doença infecciosa sistêmica, causada pela bactéria Treponema pallidum, cuja principal via de transmissão é a sexual. Em 2016, o Ministério da Saúde declara que o Brasil vive um surto epidêmico dessa doença. O Distrito Federal (DF) realiza vigilância compulsória da sífilis desde a década de 90, enquanto no restante do país isso se deu mais recentemente. OBJETIVO: Caracterizar os casos diagnosticados e notificados de sífilis adquirida no Distrito Federal. MÉTODO: Realizou-se um estudo descritivo, selecionaram-se os casos de sífilis diagnosticados no período de 2009 a 2018 no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), residentes no DF, independentemente da idade. Foram analisados o coeficiente de detecção dos casos de sífilis, estratificado segundo sexo, razão de casos (M:F) e faixa etária. RESULTADOS: Em 10 anos foram reportados 9.465 casos de sífilis no DF, com média de 898, mínimo de 409, máximo de 1.830 casos anuais. Tem-se um incremento no coeficiente de detecção saindo de 16,5 em 2009 para 59,0 em 2018 por 100.000hab. Esse incremento foi mais acentuado entre os homens (de 18,6 para 94,5 casos por 100.000hab.), com uma razão masculino/feminino que variou de 1,2 (2008) para 3,1 (2018) casos em homens para cada caso em mulheres. Os jovens entre 20 e 29 anos foram os mais acometidos, a detecção superou mais 100 casos por 100.000hab. a partir de 2016. CONCLUSÃO: A frequência da sífilis no DF apresentou tendência crescente, indicando intensificação da circulação do agente infeccioso. Afetando desproporcionalmente os homens, com ênfase dentre os jovens. Indicando uma crescente vulnerabilidade para outras infecções sexualmente transmissíveis, dentre elas o HIV. Recomenda-se fortalecimento das políticas públicas de prevenção e controle dessa enfermidade, especialmente dentre os jovens.