Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DE GESTANTES EM IDADE TARDIA DE UM HOSPITAL PÚBLICO DO SUL DO BRASIL
Relatoria:
Andressa Kachel Chemim
Autores:
- Marilene Lowen Wall
- Juliane Dias Aldrighi
- Letícia Parreira Barboza
- Beatriz Cristina de Castro
- Samuel Spiegelberg Zuge
- Raquel Silva Moreira Gonzaga
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A gravidez em mulheres com idade igual ou superior a 35 anos é realidade cada vez mais presente na prática obstétrica devido a fatores sociais, educacionais, econômicos e culturais que possibilitam a ausência, redução ou mesmo o melhor controle do número de filhos. Essas questões têm apresentado grande significância epidemiológica e demográfica no contexto do Brasil e do mundo. Com isso o objetivo dessa pesquisa é descrever o perfil sociodemográfico de gestantes em idade avançada. A pesquisa é quantitativa, descritiva, realizada entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019, por meio de consulta a prontuários em, um hospital público do sul do Brasil. Os critérios de inclusão foram: puérperas com 35 anos ou mais, que tiveram partos em 2017 na instituição estudada. A pesquisa atendeu aos aspectos éticos previstos na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de Clínicas da UFPR, sob o registro CAAE: 46154615.7.0000.0096. Totalizaram 190 prontuários, dos quais predominaram gestantes com idade entre 35 a 40 anos (66,3%), que residiam em Curitiba (76,3%), brancas (86,3%), que conviviam com o companheiro (70,5%), com ensino médio completo (58,9%) e 54,3% com alguma profissão/ocupação, cujo destaque é para a categoria de trabalhadoras do serviço com 41,1%. Esses dados corroboram estudos internacionais que trazem fatores os quais contribuem para o aumento da incidência desse público, como o crescimento das oportunidades na educação e na carreira, maior inserção da mulher no mercado de trabalho. Além disso, vai de encontro a alguns estudos brasileiros que demonstram que em sua maioria são mulheres que tem como ocupação “do lar” e baixa escolaridade. Conclui-se que o perfil de gestantes tardias está modificando-se no Brasil, com isso, os profissionais de saúde devem conhecer esse novo público para realizar uma assistência centrada em atender as necessidades que a gestação em idade materna avançada pode acarretar.