Introdução: Câncer é um conjunto de mais de 100 doenças e o seu processo patológico se inicia quando uma célula é transformada por mutações genéticas do DNA celular. Possui localização e aspectos clínico-patológicos múltiplos, sem sintomas ou sinais determinados a princípio, o que dificulta seu diagnóstico. Por trás de um paciente diagnosticado com câncer existe uma equipe multidisciplinar que trabalha a fim de garantir o restabelecimento e bem-estar, entre estes está à equipe de enfermagem, a qual ocupa a linha de frente no cuidado. Objetivo: Descrever a forma como o enfermeiro lida diante do cuidado ao paciente oncológico. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que possui como questão norteadora: Como os enfermeiros lidam ao prestarem assistência direta aos pacientes oncológicos? Desenvolvida entre os meses de março, abril e maio de 2019 nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE). Critérios de inclusão: Estudos em português, inglês ou espanhol, publicados entre 2014 e 2019. Critérios de exclusão: Duplicidade de estudos e os que não abrangem o tema. Resultados: Após busca nas bases de dados foi encontrado um total de 50 artigos, com aplicação dos critérios de inclusão e exclusão ficaram 27 para a elaboração do estudo. Os artigos apontaram que por estarem na linha de frente durante a assistência ao paciente oncológico, os enfermeiros convivem diretamente com os mais diversos tipos de dor, desgaste físico e emocional, limitações, medo, angústia, solidão dos pacientes, presenciando os efeitos colaterais ao tratamento, morte e ao mesmo tempo tendo o dever de transparecer uma postura de firmeza e confiança para dar suporte, apoio e informações necessárias aos pacientes e familiares. Contudo, por outro lado os enfermeiros se sentem tristes, melancólicos, se pondo a pensar no sentido da vida, estressados, muitas vezes necessitando de suporte para “aliviar” o sentimento de pesar. Conclusão: O enfermeiro que trabalha com oncologia sofre emocionalmente por lidar com esses pacientes graves que a maioria das vezes não tem prognóstico de vida. Em meio a tudo isso o profissional necessita de um suporte para ajudar a enfrentar a situação, visto que participar das frustrações, não aceitação do paciente sobre a doença, acaba por afetar o emocional do profissional de alguma forma.