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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
ENFERMAGEM EM SAÚDE INDÍGENA E A FORMAÇÃO TRANSCULTURAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Yane Lais Nogueira Cruz
Autores:
  • Sabrina Alencar Oliveira
  • Beatriz Arcanjo de Assis
  • Cristiano Lucas Alves Menezes
  • Adriana Tavares Hang
  • Graziele de Paiva Wermuth
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A Enfermagem compreende cerca de 79,2% (N=183) dos profissionais atuantes no Distrito Sanitário Especial Indígena de Porto Velho. Executa ações de Atenção Básica e Educação em Saúde, nas aldeias, na Casa de Apoio à Saúde do Índio e nos Polos-Base. Entretanto com a mudança da gestão da Saúde Indígena no Brasil, o processo em curso de revisão da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI), as constantes ameaças e invasões dos Territórios Indígenas e a retirada de centenas de profissionais médicos que atuavam nas aldeias, os povos indígenas atravessam um preocupante período com previsões muito ruins para a saúde e suas sociedades. Objetivos: Dar visibilidade a força de trabalho de enfermagem em saúde indígena, enfatizando a importância do processo de identificação e formação transcultural, de modo a integrar assistência à saúde, e cuidado de enfermagem, considerando as vivências e conhecimentos dos povos indígenas. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência baseado nas vivências dos acadêmicos de Enfermagem da Fundação Universidade Federal de Rondônia, ao prestar cuidado no Hospital Centro de Medicina Tropical de Rondônia (CEMETRON), ao paciente indígena da etnia Karitiana, em Rondônia, único grupo falante do Tupi-Arikén. Resultados: Apesar das ações de saúde previstas pela PNASPI, o corpo de Enfermagem das CASAIs é responsável por acompanhamento de pacientes internos em média e alta complexidade. Foi percebida durante o estágio hospitalar, a importância em compreender o paciente indígena e considerar fatores da cosmovisão indígena, que influenciam na compreensão do processo saúde-doença, exemplo citado pelos Karitianas onde a terapêutica é entendida como uma “imunização”, feita antes de estar doente. Já o adoecimento é resultado da negligência às medidas preventivas e, quando acometidos por “doença de branco” faz-se necessário o uso dos “remédios de brancos”. Conclusão: Observando a composição profissional que atua junto aos povos indígenas serem profissionais de enfermagem, enfatiza-se que acadêmicos vivenciem na formação em nível de graduação, capacitando-os a exercer a profissão no contexto transcultural, compreendendo a vivência e os desafios enfrentados pelas comunidades indígenas.