Introdução: A prematuridade tem contribuído para alterações nas várias fases da vida, tanto no crescimento e desenvolvimento, como doenças crônicas e alterações metabólicas tardias, como obesidade, diabetes, hipercolesterolemia e hipertensão arterial. Objetivos: Analisar a ocorrência de excesso de peso e tipo e tempo de aleitamento recebido entre as crianças de 5 a 9 anos nascidas prematuras e as nascidas a termo. Método: Avaliou-se medidas antropométricas (peso, estatura), calculando-se o Índice de Massa Corpórea, o tipo de aleitamento e tempo de aleitamento materno de 132 escolares (a termo e prematuros). Classificando-os pelo Escore Z em sobrepeso, obesidade e obesidade grave. Projeto aprovado pelo CEP (Comitê de ética em pesquisa) possui parecer número 2.625.378. Resultados: Dentre os escolares nascidos a termo, 31,2% estavam acima do peso, enquanto 41,6% dentre os pré-termo, a maioria de ambos grupos recebeu aleitamento materno exclusivo. Contudo, a associação entre tipo de aleitamento - materno e formula (p=0,88), o tempo de aleitamento materno (p=0,57) com nascidos prematuros obesos e sobrepeso, não houve diferença estatística significante. O mesmo foi observado no grupo de escolares a termo (tipo de aleitamento recebido p=0,85, tempo de aleitamento materno p=0,47). Indicando que tipo de aleitamento e tempo não influenciaram no excesso de peso avaliado. Conclusões: Muitos fatores que ocorrem já no período intraútero estão implicados no desenvolvimento de doenças crônicas, dentre elas a obesidade. Conseguir identificar precocemente os fatores modificáveis, como a mudança no estilo de vida, são imprescindíveis para a prevenção de doenças crônicas na idade adulta.