Introdução: A utilização de tecnologias assistivas para comunicação não verbal tem causado transformações consideráveis no processo do cuidado ao idoso institucionalizado. Objetivo: Verificar a percepção dos profissionais de saúde quanto ao uso da tecnologia assistiva para comunicação alternativa no cuidado ao idoso institucionalizado. Metodologia: Estudo qualitativo, exploratório-descritivo, com delineamento transversal, realizado com dez profissionais de saúde de oito instituições de longa permanência para idosos localizadas ao norte do Rio Grande do Sul, Brasil. Os dados foram coletados em outubro de 2018 pela técnica de grupo focal com roteiro guia semiestruturado como referência para os debates. As falas dos profissionais foram sistematizadas pelo aplicativo NVivo 12, que gerou categorias de similaridades e correlações. Utilizamos a análise de conteúdo de Bardin para analisar as falas dos profissionais. O estudo atendeu a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde e foi aprovado pelo Comitê de Etica em Pesquisa na Área da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande, parecer 121/2018. Resultados: Os profissionais evidenciaram a percepção de facilidade, aceitação, benefício, barreira e adequação quanto ao uso de tecnologia assistiva em instituições de longa permanência para idosos. Pela percepção dos profissionais, a tecnologia assistiva deve ser utilizada de acordo com o perfil do idoso, e o cuidado pode ser potencializado desde que tenha um profissional destinado para desempenhar a função. Os profissionais mais velhos e idosos demenciados tiveram dificuldades para utilizar a tecnologia. Conclusão: Os profissionais precisam ser capacitados e necessitam de conhecimento sobre a tecnologia assistiva para poder utilizá-la. A inserção de tecnologia assistiva pode causar o aumento e a intensidade do trabalho. Um novo modelo conceitual deve ser proposto para atender o perfil da pessoa idosa institucionalizada impossibilitada de se comunicar verbalmente.