Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
CARACTERIZAÇÃO DAS INTOXICAÇÕES EXOGENAS ATENDIDAS EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO
Relatoria:
LUANA CRISTINA BELLINI
Autores:
- Marcia Glaciela da Cruz Scardoelli
- Thamires Fernandes Cardoso da Silva Rodrigues
- Vanessa Aparecida Martim Mezzavila
- Aline Zulin
- Fernanda Gatez Trevisan dos Santos
- Anderson da Silva Rêgo
- Cremilde Aparecida Trindade Radovanovic
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Os eventos toxicológicos relacionados a medicamentos têm alto impacto na morbimortalidade, representando a primeira causa de intoxicação no Brasil. À intoxicação humana aparece com uma grande variedade de processos fisiopatológicos relacionados com a interação entre um agente de natureza química ou biológica e o organismo. As intoxicações apresentam-se como grave problema mundial de saúde pública, vitimando aproximadamente 500 mil pessoas/ano. Objetivo: caracterizar o perfil de pessoas e o tipo de intoxicações exógenas atendidas em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no período de 2014 a 2016. Método: Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo, transversal, baseado em dados retrospectivos de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de um município da região Noroeste do Estado do Paraná e notificadas no período de 2014 a 2016. Os dados foram coletados através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do município e processados no Microsoft Excel e a análise foi por meio de distribuição absoluta e percentual, segundo a técnica de estatística simples. Resultados: Foram registrados 187 casos de intoxicações exógenas, sendo 121 (64,6%) notificações no sexo feminino e 66 (35,2%) no sexo masculino. Os principais agentes responsáveis pelas intoxicações foram os medicamentos com 72,7%, sendo 58,28% causadas por tentativa de suicídio. A faixa etária prevalente foi em adultos jovens entre 20 a 29 anos, correspondendo a 26,2% das notificações. O prognóstico dos casos acompanhados obteve em sua maioria a cura sem sequela (95,8%), no entanto três (1,6%) casos evoluíram para o óbito. Conclusão: Foram detectadas algumas inconsistências nos dados registrados no SINAN, onde dados aparecem como ignorados, brancos ou incorretos, sugerindo a necessidade de qualificação dos profissionais que analisam os dados e daqueles que os inserem no sistema, tendo em vista, a importância deles como indicadores do perfil de morbimortalidade da população e como norteadores das políticas públicas de saúde.