Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
PANORAMA DOS ATENDIMENTOS DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA EM HOSPITAIS ONCOLÓGICOS EM PERNAMBUCO,NO ANO DE 2014
Relatoria:
CAROLINE CORDEIRO SOUTO
Autores:
- Luma Ravena Soares Monte
- Gessica Linhares de Melo
- Janne Mila Docio Lima
- Robson Nogueira Costa Santos
- Thiego Ramon Soares
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O câncer de mama é o mais frequente dentre as neoplasias nas mulheres e, seu diagnóstico precoce constitui ainda um problema no país, o que reflete no desfecho final da doença,influenciando nas chances de cura, no tempo de sobrevida e na qualidade de vida das pacientes. O objetivo deste estudo foi descrever o panorama dos atendimentos de mulheres com câncer de mama realizados nos hospitais oncológicos do estado de Pernambuco, através dos dados do Registro Hospitalar de Câncer (RHC).Trata-se de um estudo descritivo transversal dos casos de mulheres com diagnóstico de câncer de mama, atendidas em hospitais públicos, filantrópicos e contratados pelo SUS em Pernambuco, com dados obtidos a partir do integrador do RHC,analisando variáveis das características relacionadas ao diagnóstico do câncer. Os resultados mostraram que dentro da faixa etária dos 50 a 69 anos, preconizada pelo Ministério da Saúde para rastreamento através da mamografia e exame clínico das mamas, encontrou-se uma concentração de mulheres nas faixas etárias de 50-54 e 55-59 anos dentre os 704 casos registrados; em relação ao diagnóstico e realização de tratamento específico muitas mulheres chegaram aos grandes centros de referência em câncer do estado sem diagnóstico e sem tratamento anterior ou chegam já com diagnóstico, mas sem tratamento anterior. O que sugere que estes grandes hospitais por muitas vezes têm funcionado como unidade de diagnóstico e não apenas como centro de referência para tratamento do câncer. No estadiamento do tumor a maioria dos casos não possuem informação acerca disso, o que reflete uma limitação do sistema na qualidade do registro, considerando que esta informação é um importante dado que auxilia na tomada de decisão sobre o tratamento a ser realizado, além de servir como avaliação de prognóstico de um caso. Quanto ao intervalo de tempo da primeira consulta até o diagnóstico, diagnóstico e o tratamento e, consulta e tratamento observou-se que a maioria dos casos que chegaram sem diagnóstico e sem tratamento tiveram o prazo de até 60 dias, preconizado pela “Lei dos sessenta dias”, respeitado. A análise permite concluir que a rede de atenção ainda enfrenta desafios como dificuldade em contar com uma estrutura de retaguarda de média e alta complexidades que tenham condições de tomada de ações resolutivas e efetivas, de modo que evite o acúmulo de pacientes nos Centros de Referência que deveriam funcionar para tratamento de câncer de pacientes já diagnosticados.