Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
EXTENSÃO EM SAÚDE NA AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR DE MULHERES NO PRESÍDIO DO MÉDIO NORTE DO MATO GROSSO
Relatoria:
NICOLLY BEATRIZ HACHBARDT
Autores:
- THALISE YURI HATTORI
- ANA CLAUDIA PEREIRA TERÇAS TRETTEL
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
As doenças crônicas não transmissíveis são a maior problemática de saúde, das quais se destacam as doenças cardiovasculares (DCV) que em 2018 levaram a óbito 383.961 indivíduos no Brasil. Estima-se que no Brasil 34,4 milhões de mulheres sejam portadoras de enfermidades crônicas, não havendo distinção quanto ao contexto de vida para o acometimento, ou seja, mesmo em ambiente carcerário há o risco. A população carcerária tem aumentado gradativamente, referente a população feminina entre 2000 e 2016 houve aumento de 656%, são mais de 42 mil mulheres em ambiente insalubre, propício a proliferação de doenças e epidemias, caracterizado pela negligência ao direito de saúde justificado pelo ambiente disciplinar da prisão. O objetivo do trabalho é avaliar o risco cardiovascular de mulheres no presídio do Médio Norte do Mato Grosso. Trata-se de um estudo transversal, com abordagem quanti-qualitativa, realizada no Centro de Detenção Provisória Feminino, com amostragem do tipo censitária, por conveniência. A coleta de dados aconteceu no segundo semestre de 2017-2018. Observou-se nessa população elevado índice de sobrepeso e obesidade e risco cardiovascular através de índices de circunferência da cintura e de relação cintura-quadril e IMC (41,1%). Ressalta-se que houve o aumento dos valores de circunferência da cintura em 47,1% dos participantes e redução em apenas 11,8%, já quanto ao índice da relação cintura quadril houve o aumento em 52,9% e redução de 17,7%. É necessário que sejam realizadas abordagens referentes a saúde da população prisional para que condutas inadequadas referentes a saúde sejam modificadas, bem como mitos sejam desconstruídos por meio do conhecimento. É importante auxiliar no desenvolvimento do autocuidado e do protagonismo em relação a situação de saúde. É necessário também que novos estudos sejam realizados abordando as mais diversas áreas, proporcionando maior conhecimento quanto a realidade vivenciada no ambiente prisional bem como limitações que limitam o direito à saúde.