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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
PRÁTICAS EDUCATIVAS PARA PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Relatoria:
MARÍLIA DE OLIVEIRA CRISPIM
Autores:
  • Marina Acioli Wanderley Costa
  • Sara Lúcia Medeiros da Silva
  • Iracema da Silva Frazão
  • Cândida Maria Rodrigues dos Santos
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O consumo de substâncias psicoativas vem sendo apontado como um problema de saúde pública pelo conjunto de danos a ele associados. O uso de drogas é foco de grande preocupação na sociedade e o ambiente escolar tem sido considerado um espaço privilegiado para o desenvolvimento de ações preventivas e de promoção da saúde. No entanto, há dúvidas do papel da escola nessa temática e sobre as possibilidades das ações preventivas que os educadores devem efetuar. OBJETIVOS:Avaliar as práticas educativas sobre prevenção do uso de substâncias psicoativas de docentes da educação básica.METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa. Participaram da pesquisa 96 docentes do nível médio da educação básica de doze escolas estaduais da rede pública da cidade de Recife - PE. Os participantes responderam a um questionário sobre conhecimento, atitudes e práticas para prevenção do uso de substâncias psicoativas no ambiente escolar.RESULTADOS: A maior parte dos educadores(61,5%) abordam a temática através de debates, palestras e construção de materiais educativos, porém 70,8% não se sentem capacitados para lidar com essa temática, e acreditam que ações de prevenção na escola devem ser através de um trabalho interdisciplinar(85,4%). 32,7% estão parcialmente satisfeitos com o trabalho interdisciplinar feito com os demais profissionais. Na percepção de alguns educadores (14,6%), a discussão desse tema não é vista como parte de suas atribuições, tampouco é considerada papel da escola. Diversos fatores que colaboram para sustentar a referida realidade também foram evidenciados: falta de capacitação para tratar do uso de substâncias psicoativas na escola (74%); cultura escolar de atribuir o trabalho na área em questão aos professores de disciplinas específicas e dificuldades para lidar com estudantes que já fazem uso dessas substâncias.CONCLUSÃO: O território escolar deve ser compreendido enquanto espaço gerador de processos educativos e articulador de políticas públicas sociais e de saúde, nesse caso, envolvendo a problemática do uso de substâncias psicoativas como parte do trabalho interdisciplinar. No entanto, é importante a articulação entre programas de saúde e as redes de apoio num continuum entre prevenção e promoção da saúde. Nessa perspectiva, o encontro entre saúde e educação pode resultar em ganhos significativos para a formação profissional, além de ações efetivas para prevenção do uso de drogas no ambiente escolar.