A enfermagem desde a sua origem sempre teve uma relação direta com o cuidar do paciente, seja higiene e segurança, até mesmo nos cuidados mais complexos exigidos na atualidade que vislumbra o próprio profissional, empoderando para atuar em prática diferenciada com diversas especializações, a exemplo de países desenvolvidos, em que a anestesia é uma prática avançada dos enfermeiros. A SOBECC sugere que o enfermeiro preste assistência ao ato anestésico, a depender da prática institucional e a interação multiprofissional. Diante dessa realidade, este estudo tem como objetivo: Descrever as condutas do enfermeiro perioperatório no ato anestésico. Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva com abordagem qualitativa, realizada em hospital escola, com nove enfermeiros do Centro Cirúrgico, nos meses de janeiro a março de 2018. Levaram-se em consideração os preceitos éticos da pesquisa com humanos, tendo CAAAE 80971017.5.0000.5183. Os achados qualitativos estão dispostos segundo a técnica de Análise de Conteúdo de Bardin. Constatou-se que atualmente o papel do enfermeiro no ato anestésico limita-se ao gerenciamento de recursos materiais no pré-operatório e transoperatório, desenvolvendo uma atuação assistencial mais efetiva na unidade de recuperação pós-anestésica. Dessa forma, vemos a possibilidade do enfermeiro de CC se interessar pela prática de anestesia, pelos saberes fundamentados sobre anestésicos e seus efeitos e no apoio ao anestesiologista, como uma equipe multiprofissional, garantindo uma assistência cirúrgica adequada ao paciente, por meio de um apoio à equipe anestésica, atendendo assim, a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente e o tema "Cirurgia Segura Salvam Vidas" da Organização Mundial de Saúde (OMS). Assim como existem outras especialidades, como a enfermagem obstétrica, a especialização em enfermagem anestésica poderá ser uma prática que poderá dar mais empoderamento a categoria elevando o padrão de qualidade da assistência profissional, tal fato sugere uma reflexão neste aspecto.