Introdução: Os hemangiomas representam um tipo de anomalia vascular que se caracterizam como manchas ou tumores benignos, com características comuns com período de crescimento rápido e lesões que involuem durante vários anos. As complicações locais mais frequentes são ulceração, sangramento e infecção, sendo ulceração a complicação mais comum, podendo ser dolorosa e acarretar risco de infecção, hemorragia e cicatriz. A melhor abordagem terapêutica destas lesões ainda permanece controversa, porém há a necessidade de um tratamento eficaz sistêmico e tópico. Objetivo: Descrever os cuidados implementados a ferida da criança com hemangioma ulcerado. Metodologia: Caso clínico realizado na Pediatria de um Hospital Universitário no Rio de Janeiro. A responsável pela lactente concordou com as fotos e assinou Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para divulgação do caso: sexo feminino, 4 meses, 4,3Kg. Nasceu com hemangioma na região perineal, glúteo E e coxa E, que ulcerou e infectou aos 4 meses, levando a internação. Foi acompanhada por estomaterapeutas, por 6 meses, com realização de curativo aplicando papaína em pó em diferentes concentrações associada ao Hidrogel amorfo que otimizou o desbridamento autolítico e manteve a umidade ideal na ferida. E ainda, concomitantemente, com terapia hiperbárica (30 seções) complementando o tratamento e auxiliando na cicatrização da ferida. Resultado: Observou-se que apesar do tempo prolongado de internação e das complicações apresentadas no decorrer da hospitalização, houve um resultado satisfatório com a terapêutica implementada resultando em cicatrização, sem intervenção cirúrgica. Conclusão: O estomaterapeuta é um membro importante nesse processo de cuidado, pois através de seu conhecimento diante do procedimento e diagnóstico precoce proporcionou o tratamento ideal resultando na epitelização da lesão e, consequentemente, alta hospitalar.