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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
IMPACTOS RESULTANTES DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
Relatoria:
Islaine Lins Nepomuceno
Autores:
  • Vanessa Santana Fernandes
  • Ygor Cardoso da Silva
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A expressão “violência obstétrica”, VO, é utilizada para descrever diversas formas de violência durante a prática obstétrica. Os maus-tratos no parto acontecem de formas variadas, a saber, abusos verbais, violência física (como a manobra de Kristeller e episiotomia de rotina), ausência de consentimento antes da realização de procedimentos, falta de privacidade, procedimentos médicos coercivos ou não consentidos, assistência negligente, administração de ocitocina sintética de rotina, impossibilidade de acompanhante durante o parto entre outros. Ocasionando assim, traumas à parturiente que passou por uma violência, seja ela física ou verbal. Objetivo: Identificar quais as consequências provenientes à violência obstétrica. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Para a sua construção utilizou-se bases de dados onlines em saúde: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e publicações do recorte temporal de 2017 a 2019. Resultados: A VO ainda está muito presente nas instituições hospitalares, mediante desrespeitos às parturientes. Conforme dados da Organização Mundial de Saúde, evidencia-se que no mundo, inúmeras mulheres vivenciaram maus-tratos e negligências durante a assistência ao parto. No Brasil, estima-se que aproximadamente 25% das mulheres que tiveram partos em maternidades sofreram alguma forma de violência. Conclusão: Constata-se que a maioria das parturientes violentadas manifestam sentimentos de frustação, angústia e impotência frente à conjuntura vivenciada. Situação como episiotomia de rotina deixa marca física e psicológica, afetando consideravelmente a vida sexual e a autoestima da puérpera, podendo levá-la a evitar ter relação sexual com o seu parceiro. Ressalta-se ainda que os traumas repercutem impedindo-a querer uma nova gestação e/ou na escolha do tipo do parto, optando pela cesária, por medo de experenciar tudo novamente. Além de tudo, a mãe ainda torna-se propensa a rejeitar seu filho, devido à depressão pós-parto, visto que é uma consequência muito comum após perpassar por esse problema. O que pode ser feito para mudar esse cenário e resolver efetivamente esse problema é proporcionar o empoderamento às gestantes e às mudanças na conduta dos profissionais de saúde em assumir uma postura mais humanizada.