Introdução: Entende-se por absenteísmo, a ausência do profissional no seu ambiente de trabalho quando este deveria estar presente. O fenômeno implica em malefícios à saúde do trabalhador e comprometem a qualidade do serviço em diversos aspectos. A equipe de enfermagem compõe a parcela mais significativa dos recursos humanos dentro do ambiente hospitalar, gerando uma demanda importante dos recursos financeiros despendidos pelas organizações. Objetivos: Estimar o impacto do custo monetário do absenteísmo dos profissionais de enfermagem sobre o orçamento destinado aos recursos humanos; identificar os principais agravos geradores de afastamentos por motivos de doença nos profissionais de enfermagem. Metodologia: Trata-se de um estudo de avaliação econômica parcial, de natureza descritiva e abordagem quantitativa do tipo Análise de Impacto Orçamentário. Para coleta de dados realizou-se análise do prontuário ocupacional dos profissionais de enfermagem em busca dos registros de afastamentos por motivo de doença entre os anos de 2015 a 2017. O projeto foi submetido à aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, sob o nº de série CAAE: 99597818.3.0000.5285, Parecer nº 3.027.763. Resultados: Observou-se o predomínio de profissionais do sexo feminino em todas as categorias profissionais, sendo sua maioria pertencente as faixas etárias acima dos 46 – 50 anos. Entre os motivos atribuídos ao absenteísmo destacaramse os transtornos mentais e comportamentais, as doenças osteomusculares e do tecido conjuntivo, as neoplasias e as lesões, envenenamento e outras causas de consequências externas. O absenteísmo entre os enfermeiros apresenta maior custo quando analisadas as médias de dias por afastamento no trabalho, média de R$ 4.928,88 por licença médica. Entretanto, quando considerados o total de dias de absenteísmo, os auxiliares de enfermagem apresentaram um maior custo monetário total. No que tange o total de dias de absenteísmo, estimou-se um custo de R$ 2.053.763,84, somadas as ausências das três categorias profissionais ao longo dos anos de 2015 a 2017. Considerações finais: O estudo aponta a necessidade de atenção para os índices de absenteísmo e implementação de ações de qualidade de vida no trabalho, de prevenção e de promoção à saúde dos profissionais de enfermagem, visando a redução do adoecimento, do índice de absenteísmo e, consequentemente a redução do custo resultante do absenteísmo na instituição analisada.