Introdução: As internações em Unidades de Terapia Intensiva requerem cuidados que vão da baixa até a alta complexidade. Entre os procedimentos de menor complexidade enquadra-se a técnica de banho de leito. A técnica é desenvolvida pela equipe de enfermagem com o intuito de manter as boas condições de higiene e conforto do paciente durante seu tempo de permanência no setor. O objetivo deste trabalho é descrever o impacto da realização do banho de leito nos aspectos ético, técnico e de humanização. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência a partir da vivência acadêmica durante o sexto período do curso de graduação em enfermagem do Instituto Federal do Paraná, Campus Palmas, referente ao componente curricular “Cuidados de Enfermagem à pacientes em Situação Crítica” nos meses de agosto a setembro de 2018, em uma Unidade de Terapia Intensiva localizada em um município do sudoeste do Paraná. Resultados: O banho no leito é um procedimento importante para o indivíduo e envolve muitos sentimentos, como confiança, insegurança e intimidade. Nesse sentido, a expectativa enquanto acadêmicos é que este momento seja marcado por laços de cuidados humanizados, que transpassam apenas o procedimento de limpeza do corpo do cliente. Porém, a realidade que nos impacta negativamente é que, devido à sobrecarga de trabalho e à rotina desgastante, há profissionais que realizam a técnica de forma inadequada e sem seguir os preceitos éticos e de cuidado humanizado. Os principais erros relacionados com a técnica do banho de leito referem-se a falta de respeito aos direitos e singularidades dos clientes, ou seja, existe uma significativa falta de humanização, além do descuido com a privacidade e as particularidades de cada indivíduo, fazendo com que o mesmo sinta-se um desvalorizado no ambiente de cuidado, fator esse que auxilia no desgaste emocional e prejudica o quadro clínico individual. Conclusão: É de suma importância que enquanto profissionais atuantes na área da saúde, saibamos levar em consideração todos os aspectos que condizem com o outro, respeitando e humanizando todas as decisões que o indivíduo tomar, afinal, a fragilidade existente nos momentos de internação é tamanha, a ponto de debilitar ainda mais o quadro clínico do cliente. Nesse sentido, somente a mudança de práticas profissionais poderá fazer a enfermagem ganhar maior visibilidade, melhorando seu reconhecimento enquanto uma profissão digna das suas atribuições.