Saúde e educação são constantemente evocadas quando a questão gira em torno das condições de vida. A interação entre elas, independentemente de onde ocorre – escola ou serviço de saúde – constitui um caminho para a conquista da qualidade de vida. A Síndrome de Burnout (SB) obedece à resposta emocional as situações de estresse crônico causada pelas relações intensas de trabalho com outras pessoas ou de profissionais que apresentem grandes perspectivas com relação ao seu desenvolvimento profissional e dedicação à profissão e não alcançam o retorno esperado. Decorre de um processo gradual de modificação no humor e desmotivação seguidos de sintomas físicos e psíquicos. O questionário Maslach Burnout Inventory (MBI), um inventário utilizado mundialmente para a avaliação do burnout, em que se difundiu a tridimensionalidade composta por: exaustão emocional, despersonalização e reduzida realização pessoal no trabalho. A exaustão emocional alude à sensação de não dispor mais de energia, seja física ou mental, para desenvolver suas atividades laborais. Esta é a dimensão diretamente ligada ao estresse e envolve sintomas parecidos. A despersonalização, incide como uma defesa, em que o trabalhador passa a tratar os usuários de seus serviços, de modo cínico, irônico, evitando assim contatos afetivos mais próximos. Atribuída a profissionais idealistas, com altas expectativas, observa-se que a realização pessoal no trabalho decresce, dando lugar ao sentimento de ineficiência. Existem diferentes adaptações para o MBI, sendo a mais conhecida a de professores “Educators Survey-Es ou “MBI forma ED”. Objetivos: Levantar fatores de risco que favorecem o aparecimento da SB e suas consequencias para o docente. Metodologia: Baseia-se em uma revisão bibliográfica utilizando as bases de dados LILACS, SciELO, BIREME e Medline, no período de 2009 a 2019. Resultados: Os efeitos da SB interferem em todas as esferas da vida do individuo, com prejuízos pessoais e profissionais, bem como geram consequencias à instituição, na medida em que os efeitos se refletem na produtividade e na imagem de eficiência da organização e para ser evitada é preciso que a cultura da organização favoreça a execução de medidas preventivas do estresse crônico. Conclui-se que na gestão dos serviços de enfermagem, destaca-se a importância de garantir condições favoráveis do ambiente organizacional que promovam a autonomia do profissional docente e o seu controle sobre o ambiente lhe é oferecido.