Introdução: O estudo tem como objeto conhecer as práticas sexuais dos idosos e suas vulnerabilidades às Infecções Sexualmente Transmissíveis. Segundo o estatuto do idoso (Lei 10.741/2003), considera-se idoso às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. Sabe-se que há hoje no Brasil aproximadamente 20 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos; e, em 2050, provavelmente, o número de pessoas idosas será maior ou igual ao de crianças e jovens de 0 a 15 anos. Neste contexto, com o envelhecimento populacional e os avanços da medicina, a expectativa de vida aumentou, tanto no Brasil como em outros países. A maior longevidade dos idosos são, sem dúvida, um novo desafio que, também, apontam novas perspectivas de vida, dentre elas, uma vida sexual ativa. Assim, faz-se necessário orientá-los em seu autocuidado. Objetivos: Analisar as práticas sexuais dos idosos e suas vulnerabilidades às Infecções Sexualmente Transmissíveis; Conhecer a percepção de risco dos homens idosos sobre a vulnerabilidade para a aquisição de Infecções Sexualmente Transmissíveis; Metodologia: Estudo descritivo com abordagem qualitativa em um hospital universitário situado no município do Rio de Janeiro, em unidades de internação clínica e cirúrgica, com 20 homens internados, entre 60-72 anos. Foram respeitados os aspectos éticos e determinações contidas na Resolução 466/2012 do CNS/MS3. A pesquisa foi aprovada com o Parecer nº 97548418.9.0000.5282. Resultados e Discussão: Categoria 1: Práticas sexuais desenvolvidas pelos idosos. Os participantes têm vida sexual ativa mesmo com os paradigmas impostos pela sociedade que envelhecer é sinônimo de não possuir mais vida sexual. Categoria 2: Vulnerabilidade às IST/HIV/Aids. Os participantes demostraram pouco conhecimento sobre os meios de prevenção e transmissão, evidenciando uma percepção restrita do risco de contrair às IST. Categoria 3: A prevenção às IST/HIV/AIDS. Os participantes relataram que o preservativo é utilizado para evitar a gravidez ou então para homens que tem vida sexual fora do casamento. Conclusão: Foi possível identificar que os homens idosos possuem vida sexual ativa, desconhecem as formas de prevenção e transmissão do IST/HIV/Aids e acreditam que a base para o não uso do preservativo, está na relação de confiança que possuem em suas parceiras. Em relação às IST/HIV/Aids, forma de transmissão e prevenção, os idosos demostraram pouco conhecimento acerca das infecções mais recorrentes.