Resumo Introdução – A cultura representa um conjunto de ensinamentos que são passados de pai para filho e são aplicados diariamente em seus hábitos de vida. A alimentação além do aspecto cultural sofre influência do contexto étnico, social, familiar e econômico. A prática da influência familiar pode ser observada nas ações diárias da puérpera, pois quando surge a insegurança é a família que está mais próxima para lhe oferecer apoio e conselhos, fundamentados em experiências anteriores. Objetivo – Mapear o perfil socioeconômico e a cultura alimentar praticada por mulheres, mães de crianças de até um ano de idade, em processo de amamentação e/ou desmame, atendidas em um cento de referência materno-infantil da cidade de Foz do Iguaçu/PR. Metodologia - Trata-se de uma pesquisa observacional, exploratória com abordagem ao campo por meio de um instrumento qualitativo, composta por uma amostra não probabilística de escolha intencional de 25 mães brasiguaias (brasileiras que residem no Paraguai ou paraguaias filhas de brasileiros), maiores de 18 anos, com filhos menores de 1 anos de idade e que recebem atendimento de puericultura e vacina no centro materno-infantil de Foz do Iguaçu- PR. Resultados - O perfil das mães entrevistadas pode ser descrito como sendo composto por mulheres brasileiras residentes no Paraguai, com idade média de 25 anos, em sua maioria casadas, donas de casa, com dois filhos em média e ensino médio completo. Nas entrevistas foram elencadas quatro categorias: a representação simbólica do aleitamento materno, alimentação não-responsiva e a percepção da saciedade durante o processo de amamentação, a cultura alimentar e os mitos da dieta e percepção das referências/influência na prática do cardápio infanto-familiar. Conclusões - A cultura alimentar expressa pelas entrevistadas foi resultado da influência cultural, de crenças, tabus e mitos do âmbito familiar e social, repassados, tradicionalmente, de geração em geração. Assim, o processo de amamentação e a prática do cardápio infanto-familiar é baseado nas orientações de avós, dos hábitos culturais regionais e do círculo de convivência social mais próximo.