Introdução: A falta de informação da população acerca do processo de doação e transplante de órgãos, gera insegurança e o fomento de crenças populares que permeiam o imaginário coletivo e podem ser potenciais influenciadores na recusa ou aceitação pelo processo. Objetivo: Identificar os mitos e crenças mais evidentes na literatura científica, analisando sua interferência no processo de transplante de órgãos e tecidos. Método: Trata-se de uma revisão integrativa, no qual seguiu as etapas descritas do método. Deste modo, a questão de pesquisa foi: “Como os mitos e crenças interferem no processo de transplante de órgãos e tecidos?”. A busca da produção científica foi realizada no mês de julho de 2019 e os resultados foram alcançados pela busca de estudos publicados nas bases de dados LILACS, MEDLINE, CINAHL e BDENF e SciELO. Foram utilizado os descritores previamente selecionados nos DeCS/BIREME e MeSH. Foram utilizados em português: “transplante de órgãos”, “doadores de tecidos” e “obtenção de tecidos e órgãos”. Em inglês foram utilizados: “organ transplantation” e “tissue and organ procurement” (MEDLINE e CNAHL), “tissue donors” (MEDLINE) e “transplant donors” (CNAHL). Resultados: Foram selecionados para análise qualitativa 15 artigos, sendo um na LILACS, 10 na MEDLINE, um na BDENF, dois na Scielo e um na CINAHL. Do total de publicações, 10 (66,7%) foram publicados nos últimos cinco anos, incluindo o corrente ano de 2019. Foram selecionados 10 (66,7%) artigos em inglês, um (6,6%) em espanhol e quatro (26,7%) em português. Em relação ao tipo de estudo, cinco (33,3%) são de abordagem qualitativa e 10 (66,7%) são quantitativos, nove (60,0%) estudos foram publicados em revistas com webqualis A e os demais em revistas classificadas como B. Foram identificados que os principais mitos e crenças do imaginário popular está relacionado à: dor e sentimentos, religião e cultura, corrupção, mutilação do corpo, ignorância sobre o processo e desconfiança. Estes fatores influenciam diretamente na recusa ou aceitação no processo de doação e transplante de órgãos por parte dos potenciais doadores e seus familiares e dos receptores e impacta na diminuição do número de doadores e no aumento da fila de espera. Conclusão: A insegurança relativa ao processo de transplante e doação de órgãos e tecidos possui várias origens no imaginário coletivo, sendo influenciadora na captação e recepção dos mesmos e evidenciando a necessidade de educar a população acerca dessa temática.