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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
OCORRÊNCIAS DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES EM MUNICÍPIOS FRONTEIRIÇOS PARANAENSES (2008-2018)
Relatoria:
Sara de Pinho
Autores:
  • Lauana Madsen Finatto
  • Manoela de Carvalho
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: As cidades que fazem fronteiras internacional estabelecem um processo de integração no âmbito social, cultural e econômico. Tratando-se de assistência à saúde, o SUS é reconhecido pelos princípios da universalidade, integralidade e gratuidade do acesso, inclusive aos usuários estrangeiros, o que tem sido alegado como um dos determinantes das dificuldades financeiras do SUS nesses municípios. OBJETIVO: Este estudo busca analisar e contribuir para a compreensão desse fenômeno, investigando as diferenças entre número de internações nos hospitais localizados nos municípios paranaenses fronteiriços e número de internações de residentes nesses municípios registrados entre 2008 e 2018. METODOLOGIA: Foram utilizados dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), disponibilizados pelo DATASUS, coletados em setembro de 2018. Os dados selecionados referem-se às internações hospitalares por local de internação e local de residência, segundo as causas conforme a CID 10, nos municípios paranaenses que fazem fronteira com o Paraguai e/ou a Argentina. Os dados brutos foram transformados em razão por 1.000 habitantes para fins de comparação. As cidades fronteiriças analisadas foram Barracão, Capanema, Entre Rios do Oeste, Foz do Iguaçu, Guaíra, Marechal Cândido Rondon, Pato Bragado, Planalto, Pranchita, Santa Helena, Santo Antônio do Sudoeste, Bom Jesus do Sul, Itaipulândia, Mercedes Pérola d’Oeste, São Miguel do Iguaçu e Serranópolis do Iguaçu. RESULTADO: Observou-se no período analisado que o número de internações dos residentes computara 8.889,35 (52,29%) casos, ultrapassando as internações em hospitais localizados nos municípios, que contabilizara 8.108,62 (47,70%) casos, ou seja, a diferença é de 4,59% dos casos. Demonstrando que a quantidade de leitos hospitalares locais é menor à quantidade de internações realizadas para a população. CONCLUSÃO: Ao analisar os resultados, percebe-se que a quantidade de leitos ofertados pelo SUS é insuficiente para a necessidade da população local. Fomentado em um suporte hospitalar inadequado, que infere em problemas na promoção da saúde, prevenção do adoecimento e falta de resolutividade no nível primário e secundário dos sistemas locais de saúde. Sugere-se que novas análises da situação sejam feitas para elucidar as causas dessas discrepâncias e possa mobilizar medidas que ofereçam um atendimento de saúde de qualidade, de acordo com a quantidade populacional residente e flutuante de cada município fronteiriço.