Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
PERCEPÇÃO DE SAÚDE E ENFRENTAMENTO À DOENÇA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS
Relatoria:
Emanuele Finkler
Autores:
- Leticia K. Martins
- Ana Paula Appel
- Carolina Pasinatto
- Mariane Comparin
- Geovana Schmidt
- Ariana R.S. Carvalho
- Tarcísio V. A. Lordani
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O indivíduo em processo de hospitalização vivencia mudanças e adaptações frente à doença e à terapia, e a abordagem espiritual pode ser uma alternativa de enfrentamento nesses momentos. Objetivo: investigar a percepção de saúde e de enfrentamento à doença de indivíduos hospitalizados em unidade de clínica médica cirúrgica. Método: Estudo exploratório, descritivo, transversal, realizado em hospital universitário público no interior do Paraná, nos meses de abril a dezembro de 2018, por meio de entrevistas individuais, por amostragem sistematizada. Os dados clínicos foram coletados nos prontuários. Utilizou-se de instrumento de caracterização sociodemográfica e clínica construído e validado (face e conteúdo). Resultados: Entre os 110 pacientes entrevistados, 64 (58,2%) eram homens, com média de idade de 49,7 e escolaridade de 6,8 anos de estudo, tendo permanecido, em média, 7,9 dias hospitalizados; 72,6% não era a primeira internação. Eram brancos 72,2% deles, sendo 52 (47,3%) casados; 79 (71,8%) católicos. Mencionaram não possuir religião, 3 (2,7%) deles, mas acreditar em Deus. Sobre suas percepções de saúde, houve uma predominância daqueles que responderam que sua saúde era razoável (40,7%) ou boa (30,6%). Desses, 76 (71%) afirmaram que após o início da internação ocorreram mudanças em suas vidas, 106 (97,2%) acreditavam que ficariam melhores ou curados. Baseado em quão religioso o sujeito acreditava ser, predominaram aqueles que se consideraram mais ou menos religiosos (41,8%), seguidos de 42 (38,2%) que se declararam bastante religiosos. Quanto à participação em grupos religiosos, 55 (50,5%) relataram frequentar algum desses grupos. Conclusões: Uma parcela pequena considerou que a internação mudou pouco a sua vida e houve predominância de sujeitos que consideraram sua saúde atual como razoável ou boa, talvez por não ser sua primeira internação, e terem permanecido ali por cerca de uma semana. Quase a totalidade deles acreditavam que ficariam curados. Menos da metade consideram-se religiosos. Reconhecer os aspectos antropossociobiopsicoespirituais dos seres humanos permite que suas demandas individuais sejam atendidas de forma completa, promovendo enfrentamento eficaz frente à hospitalização.