INTRODUÇÃO: Revisão de literatura que se baseou na busca por artigos que tratassem sobre o risco que os Serviços de Emergência Médica têm de transmitir Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Apesar de vastos estudos descreverem sobre os micro-organismos presentes dentro dos setores hospitalares, poucos são os que tratam do potencial que os microbiomas da infraestrutura e equipamentos utilizados nos cuidados de saúde emergenciais, como as ambulâncias, têm de carrear patógenos resistentes a antimicrobianos. OBJETIVOS: Apresentar os estudos já realizados sobre a presença de patógenos no interior dos serviços de transporte de emergências médicas, assim como analisar a partir dos mesmos a exposição a micro-organismos super-resistentes a que pacientes, seus acompanhantes e profissionais estão submetidos. MÉTODO: Revisão integrativa de literatura, tendo como questão: quais são os riscos que os meios de transporte terrestre, usados nos serviços de emergências, oferecem no que concerne a transmissão de patógenos super-resistentes? A busca foi realizada nas Bases de Dados BVS e PubMed. Os critérios de inclusão foram: idiomas português, espanhol e inglês; artigos disponíveis na íntegra nos últimos cinco anos. Os critérios de exclusão foram artigos que se detinham no estudo da presença de patógenos, restritamente no interior dos setores hospitalares. RESULTADOS: Foram encontrados 3 artigos, todos publicados no ano de 2018. As publicações são originárias do Canadá, Egito e Estados Unidos. Estudos consistentes, com amostras coletadas de diferentes locais dos veículos, já identificaram bactérias como Staphylococcus aureus resistentes à Meticilina (MRSA), Enterococcus resistentes à Vancomicina e Klebisiella pneumoniae, entre outros micro-organismos potencialmente patogênicos, no interior dos meios utilizados para transporte dos pacientes, seus familiares e equipe de saúde. CONCLUSÃO: A partir dos resultados das pesquisas, percebe-se a necessidade de maior atenção nas práticas de limpeza, como uma das estratégias para mitigação da transmissão de patógenos através dos veículos de transporte emergenciais. A presença de micro-organismos com alta capacidade de infecção e de resistência a antimicrobianos em um dos componentes que incluem o cuidado à saúde, reforça a importância de mais estudos sobre a temática e, acima de tudo, um monitoramento que permita esclarecer os riscos de infecção pelos Serviços Médicos de Emergência.