Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
inserção, desafios e protagonismo de enfermeiras obstétricas numa maternidade pública
Relatoria:
ALINE DE OLIVEIRA RIBEIRO
Autores:
- PATRÍCIA SILVA SILVEIRA RIBEIRO
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O enfermeiro com especialização em Obstetrícia tem se tornado cada vez mais solicitado em sua atuação, por exercer um papel imprescindível na atenção durante o Pré-Natal, Parto e Puerpério , além da sua participação ativa na formulação e desenvolvimento de Políticas relacionadas com o contexto da Saúde da Mulher (VERSIANI; RODRIGUES; SILVA; HOLZMANN; SOUTO, 2013).
Considerando a recente implementação de Políticas Públicas pelo MS e pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde destinadas ao financiamento e realização de Cursos de Especialização em Enfermagem Obstétrica, potencializada pelo crescimento de movimentos organizados de enfermeiros obstetras na área de assistência e ensino em defesa da formação e atuação profissional para a promoção do parto natural e humanizado é que se pretende (re)conhecer os antecedentes históricos e as transformações ocorridas na profissão tanto no ensino quanto no exercício da mesma.
Desta forma, traçou-se como objetivo deste estudo descrever o processo de inserção das enfermeiras obstétricas em uma maternidade pública e os percursos traçados por elas na implantação das práticas obstétricas humanizadas dentro da perspectiva da Rede Cegonha.
Trata-se de estudo histórico descritivo, de abordagem qualitativa, vinculado à pesquisa intitulada “Inserção e desenvolvimento da Especialização em Enfermagem Obstétrica no estado de Sergipe: narrativas históricas”. Os sujeitos desta pesquisa foram oito enfermeiras obstétricas, sendo que cinco fazem parte do quadro fixo de enfermeiras assistenciais desta Maternidade e três fizeram parte. Para a coleta de dados foi utilizada a técnica de História Oral Temática.
Destacam-se alguns tensionamentos que essas enfermeiras tiveram que travar a fim de ocuparem seu espaço e implantarem as práticas obstétricas humanizadas. Os principais desafios foram romper com a hegemonia médica e conquistar a confiança e parceria das parteiras que lá atuavam.
Alicerçadas nos princípios preconizados pela Rede Cegonha e respeitando as competências que lhes cabiam, elas foram criando modelos próprios de atuação com posterior mudanças na ambiência e formas de assistir à mulher durante o pré-parto, parto e pós-parto. Tais transformações refletiram na melhor estruturação da maternidade com a aquisição de titulação Hospital AMIGO DA CRIANÇA e na organização da carga horária destas enfermeiras obstétricas.