INTRODUÇÃO: a sífilis é uma doença infecciosa que acomete o ser humano e tem como formas de transmissão: contato sexual, transfusão sanguínea e transmissão vertical. Embora o tratamento com penicilina seja bastante eficaz nas fases iniciais da infecção, há uma epidemia de sífilis no Brasil, evidenciando que estratégias de prevenção devem ser realizadas, pois envolve a vulnerabilidade da população à outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), inclusive o HIV. A Estratégia Saúde da Família, com seus atributos de longitudinalidade e integralidade, possui papel essencial na promoção de ações educativas sobre essa IST, tendo o agente comunitário de saúde (ACS) importância atuação junto à comunidade. OBJETIVOS: relatar o desenvolvimento de uma ação educativa para a qualificação de ACS em relação à Sífilis. METODOLOGIA: relato de experiência, decorrente de atividade teórico prática em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na disciplina de Gestão e Gerência em Serviços de Saúde, do Curso de Enfermagem de uma instituição de ensino pública, no Oeste de Santa Catarina. A ação foi voltada para a realização de uma atividade educativa no intuito de articular o conhecimento teórico com a realidade dos serviços, ocorrida no mês de maio do ano de 2019, na própria Unidade, com participação de 19 ACS. RESULTADOS: em roda de conversa com as ACS, estes mencionaram a dificuldade quanto à orientação da comunidade acerca da adesão ao tratamento e prevenção da sífilis. A oficina abordou os temas: conceituação da sífilis; diagnóstico; prevenção; tratamento; complicações; como abordar o tema com a população; desmitificando alguns mitos. Houve participação relativa dos ACS, o que demandou uma mudança de estratégia pedagógica dos facilitadores, que estimularam maior participação dos presentes, solicitando que relatassem acontecimentos relacionados ao seu dia a dia. Ao término, foi realizada avaliação da ação, a qual demonstrou que o trabalho realizado foi importante para a conscientização sobre o tema. CONCLUSÕES: a ação contribuiu para o fortalecimento da conscientização acerca da sífilis. Torna-se essencial a educação permanente dos profissionais sobre o tema, em especial das ACS, devido à importância do seu vínculo com a comunidade, denotando no diagnóstico e tratamento precoce dos usuários e seus parceiros.