Introdução: Entre as funções dos profissionais de saúde está a educação acerca das Políticas Públicas de Saúde, fundamentais para atendimento dos princípios de acesso e acolhimento em saúde. Objetivo: Foi objetivo do estudo verificar, sob a percepção de travestis e transexuais, o fornecimento de informações e orientações acerca das Políticas Públicas de Saúde LGBT, por profissionais de saúde. Metodologia: Trata-se de estudo transversal, descritivo, exploratório e qualitativo realizado entre novembro/2017 e março/2018, com cinco travestis e transexuais de Chapecó, SC, aplicando-se entrevista semiestruturada. Resultados: O estudo apontou que os profissionais não fornecem qualquer informação sobre as Políticas Públicas de Saúde LGBT, não orientam os usuários e, em muitos momentos indicam sequer ter conhecimento sobre os direitos e peculiaridades das Políticas, como no caso do nome social. Revela-se, que esta falha dos profissionais de saúde afeta diretamente o acesso e acolhimento de travestis e transexuais que se sentem intimidadas e constrangidas, muitas vezes, evitando buscar o atendimento. Indica-se que Leis e políticas públicas que tratam de direitos e orientações no atendimento à população LGBT, avançaram significativamente, porém, a aplicação destas, carece de qualificação. Conclusão: Não há, portanto, integralidade no processo de construção de um sistema de saúde que tem como princípio basilar o acesso e acolhimento a todos, a prevenção e promoção da saúde auxiliando, entre outros fatores no aumento da expectativa de vida de travestis e transexuais, que apresentam índices alarmantes de morte antes dos 40 anos. A enfermagem tem papel fundamental na quebra de paradigmas e desenvolvimento da cultura de atendimento em saúde, fundada na justiça social, pois atua diretamente com os usuários do sistema de saúde tendo como função, além do cuidado, a educação em saúde.