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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
MASCULINIDADES E AUSÊNCIA DO AUTOCUIDADO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Relatoria:
Beatriz Vasconcelos de Santana
Autores:
  • Antônio Marcolino do Nascimento
  • Gabriela Savoia Barboza
  • Mariana Regina Ferrareze
  • Antonio Grossi Filho
  • Caio Luisi
  • Estela Mara Nicolau
  • Marcio Roberto Rodrigues Tomaz
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A masculinidade contempla características biológicas, aspectos socioculturais e psicológicos do Ser, detentor de um conjunto de atributos morais de comportamento, socialmente sancionadas, reavaliadas, negociadas, relembradas em constante processo de construção, sendo diversa, é mais bem entendida como masculinidades. Os valores tradicionais de masculinidade podem interferir negativamente nos cuidados de saúde do homem. Objetivo: Analisar a produção científica que descreve as diversas masculinidades que interferem no processo de autocuidado em homens. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, a partir de artigos completos em português, publicados nos últimos 10 anos em plataformas digitais e gratuitas (Biblioteca Virtual em Saúde e Scientific Electronic Library Online). Como estratégia de busca foi realizada a combinação de palavras-chaves selecionadas dos Descritores na área de saúde. Foi aplicado o operador booleano “and”. Para resultados mais significativos optou-se por: (1) “saúde”, “identidade de gênero” e “saúde do homem”; e (2) “masculinidade” e “saúde do homem”. Resultados: após a aplicação dos fatores de inclusão e exclusão, foram obtidos 72 artigos, dos quais 23 foram selecionados por serem pertinentes aos objetivos do trabalho. Conclusão: A análise dos artigos permite entender o quão difícil é, para a maioria dos homens, exercer o autocuidado e consequentemente aderir aos programas preventivos e/ou procurar pouco os serviços de saúde. Em função da sua percepção de masculinidade, as representações e normativas ligadas ao masculino o afastam de práticas consideradas femininas. Doenças e necessidade de cuidados são ignoradas ou minimizadas, pois colocam em risco características marcantes e hegemônicas do masculino. Muitos entendem a masculinidade pelo “não ser”: feminino, homossexual, dócil, efeminado na aparência física ou nas maneiras. Os reflexos negativos da ausência de autocuidado masculino podem ser minimizados com a orientação adequada de Enfermeiros e demais Profissionais de Saúde. Estudar e compreender as diversas masculinidades são importantes não só em relação ao autocuidado do homem, mas também na implementação de novas estratégias que vise à melhoria do cuidar desta parcela da população.