Introdução: O redirecionamento do modelo de atenção à saúde com ênfase na Atenção Primária reforça a necessidade de transformação permanente do funcionamento dos serviços e do processo de trabalho das equipes, exigindo de seus atores maior capacidade de análise, intervenção e autonomia para o estabelecimento de práticas transformadoras. Dentre as atribuições das instituições de ensino encontra-se o compromisso firmado com os serviços de saúde de haver atividades de contrapartida que contribuam para a formação e qualificação dos profissionais com base na Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (EPS). Atualmente, a EPS é uma estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) para a formação e o desenvolvimento dos seus trabalhadores, buscando articular a integração entre ensino, serviço e comunidade. Objetivo: realizar diagnósticos e implementar ações de Educação Permanente nos serviços de atenção básica de um município do sudoeste do Paraná, para o fortalecimento da integração entre ensino, serviços e Sistema Único de Saúde, buscando corresponder as atividades de contrapartida ensino-serviço propostas. Metodologia: o método que respondeu ao objeto de estudo foi o quanti-qualitativo, com atividades de levantamento de dados quantitativos e, a partir do diagnóstico das necessidades a implementação de atividades de educação permanente. Os participantes da pesquisa foram 22 técnicos de Enfermagem, mas o projeto almeja alcançar aos 54 profissionais de Enfermagem atuantes nas 18 Unidades de Saúde da Família. Como instrumentos de coleta de dados utilizou-se o questionário estruturado para investigação das necessidades e, posteriormente o desenvolvimento de oficinas com sucatas com questionário estruturado autoaplicável a ser respondido antes e imediatamente após as oficinas de educação permanente. Resultados: Observou-se, como resultado das primeiras oficinas que o objeto de trabalho é o usuário do serviço de saúde, que chega a busca de uma consulta médica, mas é acolhido pelo técnico por meio de um olhar ampliado para as necessidades de saúde, englobando os aspectos biopsicossociais do indivíduo. Os profissionais apontam a necessidade de atividades de educação permanente que contribuam na reorganização do modelo assistencial que têm no acolhimento, o seu eixo estruturante, porém, reconhecem as fragilidades do serviço de atenção primária e a luta pela superação do modelo biomédico em saúde.